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Larissa Almeida e Giuliana Rosa disputam competição de muay thai em Três Rios

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Em meio aos chutes, o sorriso da mãe e professora, Altina Carla, 32 anos, enche de confiança a jovem Larissa Almeida, 15. Entre os jabs e diretos, o olhar do espectador e filho, Davi, 7, deixa Giuliana Rosa, 29, cheia de alegria e ainda mais força. É com estas inspirações que as duas lutadoras de muay thai da equipe Low Kick entram em um ringue para competir pela primeira vez na disputa do 1º Golden Girl, torneio feminino interno na Academia ATS, realizado neste sábado (10), em Três Rios (RJ), a partir das 17h.

A professora Altina Carla (à esquerda) com a aluna Giuliana e, ao fundo, a filha Larissa (Foto: Olavo Prazeres)

Enquanto Giuliana fazia exercícios, Davi a olhava, chamando-a de “forte”, com um casaco do super herói favorito, Hulk. “É lindo ser um exemplo para ele (Davi). Ter um admirador como ele é bacana demais, a melhor plateia, torcida que eu poderia ter, porque eu amo muito ele. Vou para a minha primeira luta, então bate o nervosismo. Perder faz parte, claro, mas espero obviamente ganhar, que essa primeira vez me dê muita sorte, assim como para a minha equipe, porque a minha treinadora me capacitou muito bem para chegar lá forte”, conta “Giu”, que pratica o “thai” há apenas oito meses e terá pela frente a adversária Gabriela, (Rei Tigre Top Fight), na categoria até 58kg.

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“É o que sempre quis fazer desde pequena, mas meus pais não deixavam. Agora resolvi treinar, gostei e vou continuar por muito tempo! O thai trouxe muita coisa para mim. Tive benefícios pessoais, de ficar mais calma, analisar situações, saber quando avançar e quando recuar. O esporte mostra quais os limites e o que posso ultrapassar, a disciplina”, analisa Giuliana.

A ansiedade e tensão também crescem em Larissa, antes capoeirista e que passou a lutar muay thai há seis meses. “O que me fez vir para o muay thai e me mantém é a disciplina, a forma dos treinos, sempre com garra. Formamos uma boa equipe, muito unida e isso nos faz participar dos treinos. Agora bate um nervosismo grande também. Essa é uma capacidade que nunca imaginei que teria. Vou para a minha segunda luta, mas é a primeira competição e estou muito ansiosa. Espero vencer, mas se não acontecer, vou ficar satisfeita com a experiência e aprender para melhorar no que precisar”, projeta a jovem que encara a lutadora Lourdes (Baiano Team), até 60kg.

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A dupla terá a companhia de uma das atletas mais antigas de muay thai do estado, a também professora Altina Carla. “Tivemos a oportunidade de participar desse campeonato interno na ATS, que é onde eu luto todo ano, e vou levar elas para isso. As duas estão treinando comigo certinho, não faltam, me ouvem, prestam atenção, então falei que chegou a hora delas estrearem. E digo que ganhar nem sempre é possível. É muito bom, mas perder também faz parte da luta. A Giu está comigo há oito meses e tem muita garra. Está sempre disposta a melhorar, treinar mais. E a Larissa também é muito dedicada. Trocam com os meninos maiores que elas e que têm mais tempo de treino e seguem firmes, procurando melhorar”, avalia.

Giu com o filho Davi, que torce pela mãe e a vê como exemplo de força (Foto: Olavo Prazeres)

Mãe e treinadora com o coração apertado

Larissa Almeida conta com um suporte para lá de especial e capacitado em sua carreira na arte marcial. A mãe, Altina Carla, é uma das atletas mais tradicionais de muay thai do estado. “Sou a primeira grau preto de thai de Minas”, assegura. Neste sábado, contudo, a experiente profissional passará por uma experiência que a filha já viveu em outras oportunidades. Será uma troca de papeis.

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“Meu coração vai estar dividido entre o de mãe e o de treinadora. Quase passo mal quando imagino! Falei com ela, que me disse que era para eu ver o que ela passa quando eu que vou lutar Mas estarei lá, gritando, ganhando ou perdendo, dando a maior força”, conta Carla, que conseguiu convencer a filha a lutar neste ano. “Sempre quis que ela treinasse comigo, ela nunca tinha interesse, mas agora resolveu! Tem seis meses de treino e vai para a primeira competição”, destaca.

Para Larissa, a nova caminhada na vida é recompensadora e pode ser repetida inclusive em uma nova geração. “É um orgulho muito grande seguir os passos da minha mãe. É uma inspiração bem grande.” Para Carla, é muito gratificante poder ensinar. “Meu mestre, o Ninho, é o mesmo dela (Larissa), depois de 16 anos que comecei. Temos mais alunas, equipes de Ipatinga e Ponte Nova, e aqui, de onde vão sair mais lutadoras. O número de mulheres na luta cresceu muito. Quando eu comecei a fazer o muay thai, o Ninho tinha uma equipe feminina boa, mas de apenas cinco meninas. Agora virou modinha! Além de praticarem para emagrecer, tem muita competitividade também. Dou aula, por exemplo, na TPM, uma academia só de mulheres”, conta Carla.

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