O Tupi encerrou a temporada com vitória sobre o Hercílio Luz (SC), no domingo (9), por 2 a 0, a única da temporada, mas com eliminação precoce na Série D após novo recorde negativo na história. Depois de registrar a segunda pior campanha do século 21 no Campeonato Mineiro, de consequente rebaixamento, o Galo obteve a pior participação do clube em uma Série D, com apenas 5 pontos somados em seis jogos disputados: uma vitória, dois empates e três derrotas.
Na Série D desde 2009, primeira edição também da história do campeonato nacional, o Tupi nunca havia sido eliminado na primeira fase. Neste primeiro ano, o Alvinegro de Santa Terezinha parou nas quartas de final após somar 11 pontos na chave. No ano seguinte, 9 pontos foram conquistados antes do Galo deixar a competição na etapa seguinte. Em 2011, veio a histórica trajetória que rendeu o título ao Carijó, após 14 pontos somados na fase inicial.
O caneco rendeu acesso à Série C de 2012, com rebaixamento e retorno para a quarta divisão em seguida. Em 2013, o Galo foi até as semifinais, com campanha na fase de grupos de 21 pontos em formato diferente, com oito jogos – dois a mais que o modelo tradicional. Em 2014 e 2015, o Tupi disputou a Série C, com classificação à Série B em 2016, e mais dois anos na terceira divisão brasileira.
17 pagantes e “alívio”
Outro dado que chamou a atenção na despedida carijó foi o público presente no Estádio Municipal. Apenas 17 pessoas pagaram ingresso, com 74 presentes e uma renda de R$ 300, pior público no ano e um dos piores da história do clube.
Apesar disso, o triunfo gerou alívio ao elenco, que não vencia há 18 jogos ou 309 dias. Ao menos esta é a opinião do auxiliar técnico Tarso Guarino, que comandou o time da área técnica em virtude da ausência de Ademir Fonseca, vetado pelo médico após semana de exames no Rio de Janeiro.
“Não é um momento de felicidade porque estamos desclassificados, e o Tupi se encontra em uma situação de disputar o Módulo II no ano que vem. Mas é um momento de alívio. Esse grupo estava trabalhando muito. Merecíamos sorte melhor. Ao menos nos despedimos de forma digna, porque essa camisa merece”, avaliou Guarino.