Os bastidores do futebol de Juiz de Fora ficaram movimentados na manhã desta sexta-feira (10), por conta da possível presença na cidade do goleiro Bruno Fernandes para um provável acerto com o Tupynambás, que está na disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro. A especulação era de que Bruno, que está em liberdade provisória por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do dia 24 de fevereiro, estaria a caminho de Juiz de Fora, acompanhado de seu advogado, para conhecer a estrutura do Baeta. A Tribuna fez contato com com o diretor de futebol do Leão do Poço Rico, Alberto Simão, que negou a informação do acerto, mas disse que houve um contato.
“Não conversei com ninguém a respeito do Bruno nos últimos dias. Confirmo, sim, que ele nos foi oferecido em dezembro de 2016, mas recusei, pois o trabalho do Tupynambás prioriza os novos jogadores, e temos bons valores na posição, como os goleiros César e o Ygor”, explicou o dirigente.
Em contato da Tribuna com a diretoria do Tupi, o vice-presidente e médico do clube, José Roberto Maranhas, disse que não havia conversado com o advogado de Bruno, descartando a contratação. À tarde, o destino do goleiro que cumpre liberdade provisória foi revelado. Ele foi a Varginha, no Sul de Minas, onde estaria próximo de assinar com o Boa Esporte, time da Série B do Campeonato Brasileiro.
Liberdade
O goleiro Bruno deixou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado de Santa Luzia no começo da noite do dia 24 de fevereiro, após receber a notificação de soltura determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. No habeas corpus concedido, o ministro destacou que Bruno já soma seis anos e sete meses sem que tenha sido condenado em segunda instância, motivo pelo qual deve ser solto para que recorra em liberdade.
Quando foi preso, Bruno atuava no Flamengo e vivia bom momento na carreira. Um inquérito policial o apontou como principal suspeito de ter matado Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado.
Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, condenou o ex-goleiro a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Um amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, também foi condenado.