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Thiagus Petrus sobre o handebol brasileiro: “Quase falido”

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Thiagus Petrus não economizou críticas ao momento vivido pelo handebol no país (Foto: Leonardo Costa)

Se em quadra o capitão da Seleção Brasileira de handebol, Thiagus Petrus, que acaba de conquistar a medalha de bronze dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, prioriza a intensidade, tanto defensiva, quanto ofensiva, fora das quatro linhas o juiz-forano mostrou serenidade ao avaliar, de forma negativa, o momento da modalidade no país durante participação no programa Mesa Quadrada, da TMTV.

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“A situação do handebol no Brasil está bastante precária. Costumo falar que está bem pior do que há dez anos. O handebol está quase falido, bem ruim. Tivemos problemas com um presidente [da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira], que ficou 30 anos no poder e agora foi afastado pela Justiça. Temos um novo presidente que está tentando resolver, mas alega que a situação econômica do país está difícil e vem buscando reestruturar. O que resta para a gente é dar um pouco de tempo para ele trabalhar e ver quais mudanças vão surtindo. As seleções masculina e feminina tiveram apoio do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para se preparar para Lima. Enquanto isso, as categorias de base estão em um processo bem delicado, assim como a maioria dos clubes do Brasil”, discorre o atleta.

Mandatário licenciado da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira foi denunciado, em julho, pelo Ministério Público Federal de Sergipe por desvio de recursos públicos em contrato do Mundial da modalidade disputado em 2011, em São Paulo. Segundo a denúncia, Manoel e os empresários Fabiano Redondo e Genivaldo Nobre teriam desviado verbas públicas no valor de R$ 301 mil em um contrato de segurança patrimonial contratado para a competição através da Nobre Segurança Patrimonial. Todos foram indiciados pelo crime de peculato e, caso sejam considerados culpados, podem pegar penas entre dois a 12 anos de reclusão e multa.

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Segundo Petrus, diante do cenário, os brasileiros que atuam no exterior iniciaram a organização de uma associação para auxiliar o handebol brasileiro. “Ninguém sabe em que ponto que está esse processo [de Manoel Luiz]. Nós, atletas, estamos tentando organizar uma associação, principalmente os que jogam fora, para tentar ajudar o pessoal do Brasil. Temos um apoio jurídico, que vai nos atualizando a medida do tempo sobre o que acontece no processo. Mas até então está tudo meio parado. O mais importante foi tirar ele do poder. Tínhamos feito até uma campanha para que ele renunciasse, porque acreditávamos que ele estava atrapalhando o handebol, os patrocínios, tinha uma imagem bem desgastada. Estamos tentando melhorar as coisas pouco a pouco”, explica Petrus.

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