Na briga por vaga no hexagonal final do Módulo II do Campeonato Mineiro, Tupi e Tupynambás deixaram a rivalidade de lado durante entrevistas à Tribuna para torcerem por mais dois clássicos Tu-Tu na próxima fase. O time de Santa Terezinha está em quinto, com 15 pontos, e joga contra o lanterna Coimbra, no sábado (11), às 15h30, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Já o Leão do Poço Rico, quarto colocado com 16 pontos, enfrenta o Democrata-SL, terceiro, no mesmo dia e horário, mas em Sete Lagoas. Dentro do G-6, as equipes dependem apenas de si mesmas para obterem a classificação: basta uma vitória simples do Tupi e um empate para o Baeta.
Os pensamentos do diretor de futebol carijó, Adil Pimenta, e do presidente do Baeta, Cláudio Dias, são parecidos quanto a possibilidade da dupla de JF disputar o hexagonal final. “Eu acho importante que os dois classifiquem. A gente sempre fala que o Tupynambas não é inimigo, é adversário. Tendo dois times da cidade, eu acho que valoriza bem o futebol local, dá uma credibilidade, mesmo com as dificuldades. E facilita a logística, as despesas, já que é menos uma viagem”, acredita Adil. “Eu torço para o Tupi classificar. Para o esporte da cidade, que está tão desleixado. Podemos proporcionar mais dois clássicos”, concorda Cláudio.
Por outro lado, questionado sobre a possibilidade dos jogadores se doarem ainda mais nesses possíveis clássicos, muito por causa da presença da torcida e histórico do confronto, o diretor de futebol do Tupi fez análise com naturalidade.
“Tu-Tu por si só já gera vontade. Vai ter rivalidade, não tem jeito. Apesar de que o Tupi está na frente no quesito de torcida. Não dá para comparar. Esperamos os torcedores para ajudar a gente”. Enquanto isso, o presidente do Baeta já pensa em um possível mando de campo. “No último clássico, o mandante era o Tupi. Só foram disponibilizados 10% dos ingressos para a gente. Não teve tempo para os torcedores do Tupynambás comprarem. Sendo o Baeta mandante, faremos uma promoção para levar nossa torcida”, projeta Cláudio.
Tupi: vencer na última rodada ‘é obrigação’
Mesmo depois de perder por 2 a 1 para o Betim na última rodada, o Tupi continuou no G-6, agora em quinto, com 15 pontos. O adversário na partida decisiva é o Coimbra, último colocado, com 7 pontos, um a menos que o Aymorés, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Por isso, o clima da partida é de decisão para os dois lados.
Se vencer, o Galo se mantém entre os seis melhores e avança. No caso de empate, já precisa torcer para que ou Varginha (sexto com 14 pontos) ou Ipatinga (sétimo com 14) não vençam. O VEC visita o Boa Esporte, enquanto o time ipatinguense vai até Uberaba enfrentar os donos da casa.
Se o Carijó perder, no entanto, ele precisa torcer para que, entre Varginha, Ipatinga, Nacional de Muriaé (12 pontos) e União Luziense (12 pontos), apenas um time, no máximo, vença a sua partida. Como o Galo tem maior número de vitórias que VEC e Ipatinga (quatro contra três), um empate da dupla mantém o time juiz-forano à frente na tabela.
“Dependendo dos resultados de Varginha e Ipatinga, o empate classifica a gente. Mas nosso objetivo é vencer. Se não tivermos capacidade para vencer, não merecemos nem classificar. Só dependemos da gente. É obrigação. O nosso objetivo é e precisa ser maior que do adversário”, acredita Adil.
Baeta avança com empate
Invicto há quatro rodadas, o Tupynambás venceu o Nacional de Muriaé por 2 a 1 no último jogo. Com os três pontos, a equipe chegou a 16 e subiu para a quarta colocação. O duelo decisivo é contra o Democrata-SL, terceiro lugar também com 16 pontos, em Sete Lagoas. O Baeta só fica fora do hexagonal final se perder sua partida e, dois times, entre Tupi (15 pts), Varginha (14 pts) e Ipatinga (14), vencerem.
“Para não dependermos de nenhum outro resultado, o empate é suficiente. Temos ciência disso. Mas vamos com certeza buscar a vitória. E claro, torcer para Ipatinga, Varginha e Tupi não nos ultrapassarem, apesar de querer que o Tupi também classifique”, pensa Cláudio.