Na última rodada, o Manchester Futebol conquistou a primeira vitória do clube e se aproximou do segundo colocado no Grupo C – os dois primeiros avançam ao mata-mata da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. E é justamente o vice-líder da chave, o América-TO, o próximo adversário dos Capivaras, neste sábado (9), às 11h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, pela quinta rodada da competição de acesso ao Módulo II estadual. Até a edição desta matéria, a informação era a de que o confronto ainda não teria a presença de torcedores permitida.
Destaque com defesas importantes no triunfo sobre o Bétis por 4 a 2, o goleiro Matheus Poletine, 26 anos, reiterou a relevância do confronto direto por classificação. Enquanto os juiz-foranos somam 4 pontos, o Dragão tem 6.
“Pensamos que, para o América, um empate está excelente, porque continuam na nossa frente e, no jogo com o Boston (primeiro colocado), podem tentar a liderança. Para nós, é vencer ou vencer. Deixamos 3 pontos para trás contra o Boston e se esse resultado fosse outro, nós que seríamos os primeiros colocados”, relata Poletine, que já conquistou o acesso e o título em 2017, quando defendeu o Ipatinga. “É um campeonato de tiro curto e não podemos perder tempo em lamentar, muito menos errar. Precisamos desses 3 pontos de qualquer maneira, sem desmerecer a equipe deles, que é muito boa. Tem o Adalberto e o Carciano, experientes na zaga, e o Tatá, um atacante muito bom. Só que o melhor respeito no futebol é jogando bola”, avalia.
Além do Ipatinga, o arqueiro paulistano também passou pelo futebol mineiro na base, quando defendeu o sub-20 do Cruzeiro. Com as ideias de jogo do técnico Eduardo Luersen voltadas à marcação com as linhas altas, Poletine trabalha não apenas a defesa da meta do Manchester, como o jogo com os pés, em muitos momentos, cobrindo o espaço às costas dos zagueiros. Conforme o camisa 1, já há uma adaptação a estas demandas que fazem parte dos novos pensamentos no esporte mais popular do planeta.
“Isso já é normal pra mim, o futebol moderno trabalha com muita pressão pós-perda, o ‘perde e reage’. Tive muitos anos na base do Audax, em São Paulo, então já trabalho há bastante tempo essa cobertura de linha alta e vejo como algo muito bom. No futebol moderno não são só os dez de linha que jogam, o goleiro faz cobertura, arma jogadas, orienta mais, joga com os pés”, destrincha o titular do Manchester.
Para o confronto, conforme a assessoria do Manchester, não há atleta no departamento médico. Logo, caso Luersen opte por repetir o time que venceu o Bétis, ele irá colocar em campo Matheus Poletine; Bambam, Eduardo Santos, Luan e Caio Felipe; Matheus Batista e Albert Coquinho; Kassinho, Hugo e Raian; Júlio Azevedo.
Surpresa com estrutura e evolução em campo
Na última quarta-feira (6), o Manchester iniciou o projeto de fornecer cursos de idiomas aos seus profissionais. A estrutura e tratamento têm sido exaltados por atletas e membros da comissão técnica capivara. E com Poletine não foi diferente. “Tenho me surpreendido bastante na estrutura, em questão de apoio ao atleta também, do staff. Muitos clubes de divisões superiores não têm metade do que o Manchester tem oferecido”, elogia.
Sobre o trabalho em campo, ele entende que a evolução será constante e gradual. “É um projeto muito novo ainda, mas já tem um crescimento muito grande nesses menos de três meses. Os atletas só treinaram juntos, mesmo, dez dias antes da estreia. Agora todos estão se conhecendo e as coisas vão melhorando.”
O mesmo acontece na relação com o preparador de goleiros, Walker Campos. “Tive uma recepção muito boa e no dia a dia tem sido cada vez melhor. Ele é um cara experiente, são 25 anos de futebol em grandes clubes e tem agregado muito. É uma pessoa e um profissional excepcional, como os goleiros que conheço e já haviam treinado com ele sempre me disseram. Temos tudo pra seguir crescendo”, projeta.