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Na Tunísia, juiz-forana disputa Mundial juvenil

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Após batalha para levantar recursos e conseguir viajar, chegou a hora de a jovem juiz-forana Danielly Vitória (A.S.A.S Taekwondo) entrar em ação na Tunísia. A atleta de 14 anos, que está na cidade de Hammamet desde a última quinta (5), disputa, a partir deste domingo (8), o Campeonato Mundial Juvenil de Taekwondo pela Seleção Brasileira na categoria que reúne competidoras até três anos mais velhas que a atleta local.

Dani vai encarar atletas de até 17 anos no Campeonato Mundial Juvenil de Taekwondo na Tunísia em sua primeira experiência internacional na categoria. (Crédito: Leonardo Costa)

Da Tunísia, a lutadora relatou com exclusividade à Tribuna as primeiras impressões no país africano. “Aqui está bem tranquilo, cerca de 22 graus desde que cheguei. Me adaptei bem, são quatro horas à frente do Brasil. Cheguei na quinta pela manhã e já treinei à tarde, o que acontece todos os dias. E também tenho ido ao ginásio ver algumas lutas”, conta a juiz-forana, que só deve saber quem será sua primeira adversária poucas horas antes do embate.

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Dani é tricampeã mineira de taekwondo (2015 a 2017), além de bicampeã brasileira (2016 e 2017), vencedora da edição da Copa do Brasil do ano passado e sétima colocada no Mundial cadete, no Egito, também em 2017. Ela conquistou a vaga na Seleção Brasileira juvenil, de até 17 anos, ao vencer o Grand Slam no Rio de Janeiro (RJ) no dia 24 de fevereiro. A evolução da atleta vem ocorrendo em diversos aspectos desde sua última experiência internacional.

“Estou mais madura. Depois do Egito tive o acompanhamento do meu treinador, Alan (Oliveira), e evolui muito. Senti que fiquei mais forte e comecei a pensar mais antes dos meus movimentos, apesar de ter questões técnicas a melhorar também”, diz. O treinador citado, Alan Oliveira, também vê uma aluna mais preparada para os chutes na cabeça, não permitidos apenas no Brasil, mas que ele pede nos treinamentos, além de questão tática que envolve a sensibilidade do atleta. “É a tomada de decisão. No Brasil ainda somos muito presos à imagem do técnico, na cadeira, de falar o que o atleta deve fazer. Mas não dá tempo, é muito rápido. Comecei a estudar a necessidade do atleta ter maior autonomia e saber o que fazer em cada situação. A grande diferença que vejo nela é essa questão tática, conseguir acertar mais do que errar”, analisa.

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Certo é que a disputa com atletas mais experientes e de maior força muscular não intimida Dani, campeã do Grand Slam nesta faixa etária em sua primeira experiência nacional na categoria juvenil. “Elas são mais fortes e experientes e não sei minhas adversárias. Mas das meninas da minha idade me sinto mais madura”, conta a atleta.

 

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