Site icon Tribuna de Minas

Com ponteiro argentino e meta de acesso, JF Vôlei apresenta elenco para a Superliga B

PUBLICIDADE

Nesta segunda-feira (7), em reunião on-line, o JF Vôlei apresentou oficialmente seu elenco para a disputa da Superliga B Masculina de 2021, programada para começar em janeiro. A equipe segue comandada pelo treinador Marcos Henrique, o Marcão. Ao todo, 16 atletas foram confirmados, com média de idade de quase 22 anos – também por conta da inserção gradual de atletas da base no elenco.

Uma das principais novidades do evento virtual foi o anúncio do ponteiro argentino Maurício Viller, que concedeu entrevista aos jornalistas. Aos 32 anos, ele chega como o atleta mais experiente do grupo, após defender, na última temporada, o Monteros, da Argentina. Construiu a maior parte da carreira no seu país, em clubes como o Bolívar, além de ter passagens pelo voleibol espanhol, chileno e da Macedônia.

PUBLICIDADE

O atleta treina com os novos companheiros desde a quinta-feira (3) e se mostrou feliz com as primeiras impressões. “Estou surpreendido com a cidade, muito grande, pensei que fosse menor, e também com a capacidade dos jogadores e do corpo técnico”, destacou, complementando, ainda, que aceitou a proposta pelas ambições do JF Vôlei na temporada.

“Decidi vir para Juiz de Fora pelos objetivos bem claros de buscar o acesso. Esta é uma motivação bem grande, sei que (a equipe) já esteve na Superliga (A). Na Argentina, nos últimos anos, não estava em times de ponta e essa competitividade é uma das coisas que me atraíram”, relatou o atleta que ainda não tem a companhia dos familiares pela situação da pandemia em seu país, sem a possibilidade de eles virem neste momento.

PUBLICIDADE

Conforme o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, e o próprio ponteiro argentino, o atleta tem como principal predicado a qualidade na recepção. “É uma das contratações mais ousadas dos últimos anos em função do momento, da pandemia. Tem muita experiência e terminou o ano passado como o 3º melhor passador da Liga Argentina”, reforçou.

Reforço argentino Maurício Viller afirmou ter qualidade na recepção e gostar de receber bolas decisivas para atacar (Foto: Michelin Andujar/Reprodução Instagram)

“Um time de braço”

A comissão técnica será formada, além de Marcão, pelo supervisor Helder Zimmermann, o auxiliar-técnico Pedro Barros, o preparador físico Daniel Schimitz, o analista de desempenho Filipe Cipriani e as fisioterapeutas Luciana Luna Freire e Priscila Veras, como já havia sido antecipado pela Tribuna em novembro.

PUBLICIDADE

Compõem o time juiz-forano os centrais Bruno Amorim (24 anos), Fernando Pillan (23) e Matheus Paulo (21), os levantadores Erick Soares (21), Gustavo Nogueira (25) e Kolber Fernandes (16), os líberos Dayan Barros (24) e Yan Foresti (18), opostos Leonam Pontes (23), Luis Paolinetti (20) e Pedro Cherpe (17), além dos pontas Emerson Almeida (18), Matheus Celestino (22), Maurício Viller (32), Pedro Rocha (também líbero, 21) e Thiago Marques (23).

“Primeiro traçamos alguns parâmetros, não podíamos fugir muito de um grupo jovem, nossa tônica nos últimos anos. O lugar da nossa equipe no vôlei nacional é de oportunizar chances aos atletas. O Marcão tem um centro de inteligência, ele quando não tem estatística dos jogadores, analisa os jogos estatisticamente para que tenhamos o melhor grupo possível. É um grupo prioritariamente com uma capacidade de ataque muito boa, grandes centrais ofensivos, um ponteiro assim, o Matheus Celestino, e dois opostos que pegam a bola alta. Um time de braço foi a primeira característica”, enfatiza Bara, antes de complementar elogiando, também, os passadores contratados, para que o fundo seja forte e a bola possa chegar ao levantador com qualidade.

PUBLICIDADE

Sobre os nomes, Bara também pontuou. “Se pegarmos os levantadores, o Gustavo foi campeão da Superliga B por Caramuru, tem temporada no exterior, três Superligas A; o Erick subiu da Superliga B ano passado, o Dayan tem três, quatro anos por Blumenau com o Matheus Celestino em campanha que subiu para a elite; o Pillan e o Bruno conhecem o projeto, o Paolinetti, apesar de jovem, é acostumado com o Paulista adulto; O Leonan jogou a Superliga C pela Unip de Fortaleza e joga o circuito de vôlei de praia, então não tem como se esconder. Mais os atletas da base, levamos muita fé neles”, resume.

Preparados para a elite

A fragilidade financeira do JF Vôlei sempre foi – e não deixou de ser, o calcanhar de Aquiles do projeto. Há alguns anos, no entanto, a equipe tem se fortalecido, por meio do apoio das leis de incentivo ao esporte, por exemplo, em busca de uma pequena segurança econômica para arcar com alguns gastos da equipe adulta, mas, sobretudo, poder investir no principal objetivo do time – a formação de jovens por meio de núcleos espalhados por escolas públicas da cidade. Atualmente, cerca de 150 crianças de 9 a 14 anos são atendidas pelo JF Vôlei, que tem a missão de dobrar o número, caso a pandemia passe e as condições de trabalho, dentro do possível, se normalizem.

Todo este contexto mira a saúde de um projeto que, abrindo as portas de 2021, se vê, enfim, mais preparado estruturalmente, em uma visão geral, para lidar com as demandas de uma participação na Superliga A.

“Tecnicamente essa é a meta, brigar pelas semifinais – não sabemos ainda qual o modelo da competição. Mas viemos trabalhando há uns 3 anos pra tentar chegar num equilíbrio e estamos próximos dele. Temos uma tranquilidade de trabalho nos três gastos principais: salário da comissão técnica, pela lei de incentivo estadual, as despesas competitivas, também garantidas, e pagar boa parte dos salários através de Bolsas Atletas do Ministério da Cidadania, com projeto aprovado lá. Conseguimos, ainda, manter nossos quatro patrocinadores diretos. Temos recursos suficientes para bancar essa folha de pagamento, que não é alta”, garante Bara.

O diretor Heglison Toledo complementa. “Além de preparados tecnicamente e bem estruturados financeiramente, queremos consolidar um projeto que vai muito além do saque nos próximos anos. E isso envolve os núcleos, o conhecimento produzido que o JF Vôlei sempre fez, e ter uma equipe, obviamente, na elite do voleibol nacional. Mas nossa filosofia está na formação dos atletas.”

Exit mobile version