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‘Absurdamente natural’, avalia Barroso sobre demissão do Tupi

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Em cinco partidas no comando do clube, técnico acumulou quatro derrotas e uma vitória (Foto: Fernando Priamo)

Alexandre Barroso não é mais treinador do Tupi. A demissão foi anunciada após mais uma derrota no Campeonato Mineiro, desta vez para o Vila Nova, por 3 a 1, na início da noite deste domingo (4), em Nova Lima. O diretor de futebol Nicanor Pires justificou a decisão em virtude dos maus resultados obtidos no início do trabalho. Segundo o dirigente, o clube está em busca de nomes no mercado, mas não traça um perfil a ser procurado. O auxiliar Ricardo Leão assume interinamente a equipe alvinegra.

À Tribuna, Barroso agradeceu aos jogadores e à direção do clube pelo curto período que esteve à frente do Galo Carijó. O treinador enxerga a saída como “absurdamente natural”, diante da cultura do futebol brasileiro “Evidentemente que os resultados não são bons. Levando em consideração o contexto financeiro e estrutural, o Tupi já trabalha dentro do seu limite mesmo. Eu vejo a saída do treinador, como foi o meu caso e de outros que já passaram pelo Tupi, uma coisa cultural e de paciência. É cultural, faz parte. Eu tenho que agradecer ao Tupi, à Myriam, foi um privilégio ter trabalhado no Tupi, é algo impagável”, avalia.

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Questionado sobre as críticas da torcida sobre o desempenho do clube, principalmente do setor defensivo, ele assumiu que o time não conseguiu evoluir como um todo, não creditando o mau desempenho apenas ao setor defensivo. Na opinião do treinador, era necessário maior tempo de trabalho para dar ritmo aos jogadores contratados vindos de um longo período de inatividade. “Conseguimos fazer uma pré-temporada, coisa que é rara para clubes do interior. A grande questão é que a nossa realidade só nos permitia trazer jogadores que estão em um período muito grande de inatividade. O jogador não entra em condição de uma hora pra outra. Para você ter uma ideia, nós conseguimos trazer o Mateus há algumas semanas. O time evolui com o tempo. Reconheço que o setor defensivo deixou a desejar, mas seria injustiça da minha parte dizer que foi só o setor defensivo, foi um todo.”

Barroso tinha vínculo com o clube até o final desta temporada. Apesar da extensão, o treinador contou que não havia multa contratual em caso de rescisão. O técnico de 54 anos chegou ao Galo no fim de outubro, tendo iniciado a pré-temporada com o clube no início de dezembro. Barroso comandou o clube em cinco partidas, todas pelos Campeonato Mineiro, com quatro derrotas e uma única vitória. Foram cinco gols marcados e 13 sofridos, com saldo de oito gols negativos. A campanha coloca o Tupi na lanterna do Estadual, com apenas três pontos conquistados em 15 disputados

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Natural de Belo Horizonte, ele já comandou outras equipes mineiras como Uberlândia, Mamoré e Ipatinga, além de trabalhos como coordenador nas bases de Cruzeiro e Atlético Mineiro. Ele também possui passagem no exterior, no Al Hilal, da Arábia Saudita, além de experiências no CRB (AL), Juventude (RS), e CRAC (GO), seu último clube antes do Galo Carijó.

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