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Tupynambás pode não jogar Mineiro e Série D

Silvio pode ser desfalque do Baeta no domingo (Foto: Fernando Priamo)

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O Tupynambás pode não entrar em campo mais em 2020. Contra o retorno do Estadual com equipes reformuladas, característica que parece inevitável ao clube juiz-forano, o Baeta também acompanha de perto as decisões da CBF que tocam a Série D do Brasileiro para confirmar presença no campeonato. É o que explica o vice-presidente de Futebol do Leão do Poço Rico, Cláudio Dias, à Tribuna.

Sobre o Estadual, paralisado por conta da pandemia a duas rodadas do fim da fase classificatória e com os juiz-foranos na última colocação, o diretor local reforça acreditar que uma volta prejudicaria o Baeta tecnicamente.

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“O Tupynambás não caiu e depende de resultados. Se todos voltarem com as mesmas equipes, tudo bem, mas se refizerem os elencos ou jogarem com times sub-20, o Tupynambás não vê motivo de participar. O Boa Esporte está por um ponto de escapar do rebaixamento e vai jogar com o Patrocinense que já falou que vai com o sub-20. O Villa, que tem 4 pontos (um a mais que o Baeta), pega o Uberlândia na mesma situação de jogar com a base. E nós enfrentamos a Caldense, que quer ser campeã mineira, com investimento de um empresário de São Paulo”, destaca Cláudio, lembrando, também, da questão financeira, ao ter que contratar um novo elenco e funcionários para dois compromissos apenas.

Tupynambás precisaria vencer os dois jogos no Mineiro e torcer contra adversários por permanência na elite (Foto: Fernando Priamo)

No último final de semana, o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, afirmou à Rádio Itatiaia, após se reunir com o governador Romeu Zema (Novo), que os jogos só poderiam ser retomados após o pico do coronavírus em Minas, previsto para o início de junho. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), reforçou o posicionamento ao assegurar que o município não receberia partidas em maio.

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A saúde dos atletas também foi ponto esmiuçado pelo dirigente do Poço Rico. “Pela lei trabalhista, se algum atleta for contaminado, a FMF seria responsável? Não. Nós que seríamos. Então é um risco muito grande na saúde. A URT, Patrocinense, Uberlândia, Caldense, todos do interior dispensaram o elenco completo. Não será o mesmo grau de competição. E enquanto o prefeito não falar que pode usar o Estádio Municipal, não há condições de atuar na cidade também. Não dá para falar em volta agora, é um absurdo. A pandemia está só começando no Brasil”, opina Cláudio.

Série D só no atual formato

A participação do Baeta na quarta divisão brasileira, apesar de mais provável que no Mineiro, também não está garantida. “O foco do clube é montar uma equipe nova para jogar a Série D, mas dependendo de como ela será. No formato atual, com 14 jogos na primeira fase, sete de ida e sete de volta, tudo bem. Mas se mudarem para mata-mata o Tupynambás está fora”, garante Cláudio.

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O receio do time juiz-forano com a sequência da temporada é tamanho que nem mesmo os R$ 120 mil enviados pela CBF, como ajuda de custo, foi utilizado. “Não pegamos ainda porque não tem nada certo. Depois gastamos esse dinheiro e se torna uma dívida. Estamos correndo disso”, explica o diretor.

O Tupynambás possui, atualmente, vínculo apenas com os goleiros Renan Rinaldi e Bruno Hargreaves, o volante Vinícius Leonel, e os atacantes Bruno e Arame. O quinteto, conforme Cláudio, possui contrato até janeiro de 2021. “Ainda queremos usar meninos do nosso sub-20, além de contar com o Sávio (meia-atacante), e com o técnico Guiba, inicialmente”, conta.

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