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Com passivo de R$ 14 milhões, Tupi tem plano para reduzir dívidas em até 70%

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O Tupi apresentou à imprensa, na tarde desta quinta-feira (3), o resultado de auditoria das finanças do clube, realizada a pedido do novo presidente Eloísio Pereira. Conforme levantamento realizado pela empresa Ética Contábil e Jurídica para o clube, o passivo da centenária agremiação juiz-forana totaliza cerca de R$ 14 milhões. O estudo, realizado de forma voluntária, sem custos para o Carijó, ainda apresentou uma possibilidade de solução para o reequilíbrio econômico do clube, que será apreciado por conselheiros em reunião, e, conforme apurou a reportagem, pretende reduzir as dívidas do Tupi em até 70% nos próximos dez anos.

Além do presidente do Tupi, falaram à imprensa o vice-presidente de Futebol do clube, Jeferson Vitor, além dos sócios da empresa de contabilidade, André Farrath e Gilmar Veloso. “Fizemos questão de apresentar os documentos consolidados em 31 de janeiro de 2022. Apuramos 36 processos apenas na Justiça, entre dívidas trabalhistas, com a Prefeitura municipal, companhia de água, laboratório… tem processo de R$ 350, dívida que impede as certidões negativas necessárias para o Tupi transcorrer com legalidade”, iniciou o detalhamento André Farrath.

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Da esquerda pra direita, Eloísio Pereira (presidente), Edemir Miranda (VP de Finanças), André Farrath, Gilmar Veloso e VP de Futebol, Jeferson Vitor (Foto: Bruno Kaehler)

“Evidentemente que não é um número fechado, mas varia entre R$ 14 milhões e R$ 14,5 milhões.” Segundo Farrath, há dívidas tanto com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a Previdência Social e a Receita Federal, que está aberta com débito de R$ 50 mil. “Apuramos que foi feita a inscrição, em 2015, ao Profut (programa de refinanciamento fiscal do futebol brasileiro), e que foi paga a quantia de R$ 290 mil, mas há um saldo devedor de cerca de R$ 820 mil. Há ainda dois processos que o Tupi tem (quantia) a receber: um de R$ 242 mil e outro de R$ 3.800”, esmiúça, após apuração que durou cerca de 60 dias.

Nem todos os processos estão em fase de execução. “Na Receita Federal, não está, mas o restante, na Procuradoria, sim, para ser cobrado na dívida ativa da União. Isso impede (a concessão) das certidões negativas, bloqueia as contas do clube e também não permite as vendas de patrimônio.”

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Esperança passa por renegociação com o Governo

“Nós temos a solução e oferecemos. (…) É uma renegociação diretamente com o Governo. Transparente e dentro da legalidade”, garante Farrath. O plano apresentado ao presidente, e aprovado pelo mandatário, prevê a adesão ao Programa de Retomada Fiscal da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O plano prevê a renegociação de débitos inscritos na dívida ativa da União e do FGTS até 31 de janeiro de 2022. No entanto, a definição deve ser imediata. Isto porque o programa tem validade apenas até 25 de fevereiro. Ainda assim, o presidente Eloísio Pereira irá buscar a aprovação dos conselheiros antes de confirmar a empreitada. “Se tomar uma decisão hoje à noite, em cinco dias nós temos as certidões negativas. Sem gastar dinheiro. Mas temos que fazer isso neste mês”, reforçam Farrath e Veloso.

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À imprensa, foi adiantado, ainda, que a adesão ao programa de refinanciamento de dívidas do Governo permitirá ao clube reiniciar o pagamento dos débitos apenas em 12 meses – período que será aproveitado para a captação de recursos e demais planejamentos. Os detalhes destes processos ainda não puderam ser revelados, visto que o clube ainda não possui a aprovação dos conselheiros.

O presidente carijó, também conhecido como “Tiquinho”, ainda garantiu ter se reunido com o advogado Lucas Silva, que concentra a representação da maior parte de ex-funcionários credores do Tupi, e que tem negociado e buscado firmar compromisso para cumprir com os débitos trabalhistas que correm na Justiça.

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Projeto de SAF é apresentado

A empresa contábil realizou, ainda, um estudo para a implementação da Sociedade Anônima do Futebol no Tupi, a Tupi SAF. “Caso este caminho de refinanciamento seja aprovado, o Tupi SAF é o segundo passo. Mas não estamos falando de vender (a SAF). É montar. Vender é o terceiro plano. Seria, primeiro, habilitar um CNPJ novo”, adianta Farrath.

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