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“O futevôlei virou minha profissão”, diz ex-atleta

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Anderson Águia a famosa jogada shark attack (ataque de tubarão) nas areias da Arena Gonzagão (Foto: Marcelo Ribeiro)

Chega ao fim, neste domingo (2), a quarta edição do Brasileirão de Futevôlei Gonzagão, consolidada anualmente no calendário desportivo juiz-forano. Em âmbito local, o futevôlei se fortalece, desde o fomento à prática inicial da modalidade – por meio de torneios como o próprio realizado na Arena Gonzagão, bem como o Top of Mind do Batata Bowl – até a participação em competições em alto nível, regional e nacionalmente, de duplas locais – capitaneada por nomes como Aulus Seccadio, Maurício Carvalho e Nádia de Oliveira. Juiz de Fora compõe o movimento de interiorização do futevôlei para além da região litorânea, na qual a prática é habitual há décadas, ainda que semi-profissional.

O fortalecimento da modalidade no calendário desportivo juiz-forano foi chancelado pela visita de Anderson Águia, um dos maiores expoentes do futevôlei, na última terça-feira (27), na Arena Gonzagão, no Bairro Salvaterra. Embora considere fracos os investimentos e a gestão da modalidade no Brasil, Águia defende a parceria compartilhada junto a ex-atletas fomentada por investidores.

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Entre 2012 e 2017 ele se divide entre a administração do Team Águia – empresa responsável pela promoção da modalidade por meio de clínicas da prática esportiva e também torneios – e a prática do futevôlei como atleta. Águia é formado em Administração e se especializou em Gestão de Negócio e Pessoas. Ao longo de 16 anos como atleta da modalidade, Águia conciliou a prática paralelamente ao emprego no mercado; trabalhou como entregador de farmácia e, ainda, gerente de instituição financeira.

Também morou na Rocinha, após deixar São Gonçalo, Rio de Janeiro, aos 12 anos, quando passou por peneiras e testes em diversos clubes de futebol, além de competir uma única vez como body boarder. O insucesso nesse período o levou a outro passatempo, o futevôlei na Praia de São Conrado. “Achei que seria profissional de futebol, não fui; achei que seria profissional de bodyboard, mas na minha primeira competição vi que não era a minha praia. Continua sendo o meu hobby, a pranchinha está na mala do meu carro, assim como a bola do futebol. Foi o futevôlei que virou a minha profissão”, conta.

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Em busca de um calendário nacional

“O futevôlei cresce independentemente de incentivo, embora eu ache que é ainda muito fraco. Mas, também, a gente teve uma gestão muito fraca. A parte política atrapalhou e ainda atrapalha muito o nosso esporte. Se não fosse isso, já seríamos uma modalidade olímpica. Agora, a gente está caminhando”, define Águia. O ex-jogador hexacampeão nacional de futevôlei concentra-se na definição de um calendário nacional, o que implicaria em maior motivação e, também, dedicação dos atletas. “A galera que me acompanha sabe que [a dedicação integral] é possível; eu vivo do futevôlei e vejo também grandes jogadores vivendo, coisa que não acontecia. A própria gestão da Confederação Brasileira de Futevôlei (CBFv) falava que era esporte de malandro e que nunca iria crescer. Agora, a gente está mostrando que é real.”

Para 2019, conforme Águia, há três torneios previstos a partir do financiamento da iniciativa privada, o que justifica pelo descentralização da gestão da modalidade. “Grandes investidores estão esperando as coisas fluírem com profissionais capacitados, porque, com a gestão de antes, era impossível ver o futevôlei crescendo. A gente já tem calendário para 2019 de três grandes organizadores privados e acredito que muitos mais investidores aparecerão.”

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