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Ultramaratonista juiz-forano chega em 16º no Spartathlon Ultra Race, na Grécia

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Ultramaratonista relata os prazeres e dificuldades durante o percurso que refaz os passos do ateniense Fidípides, em 490 a.C., na Batalha de Maratona

O ultramaratonista juiz-forano e tenente do Exército Marco Farinazzo, 49 anos, conquistou, no último fim de semana, a 16ª colocação geral da Spartathlon Ultra Race, na Grécia, prova que é considerada uma das mais difíceis do mundo. O atleta completou os 246km de percurso no tempo de 26h40min44s, segundo melhor tempo entre os três brasileiros no evento. O melhor deles foi o paulista Urbano Cracco, que fechou o trajeto em 26h10min20s, na 13ª posição. Em contato via WhatsApp, da Grécia, Farinazzo, relembrou os desafios da corrida.

“Foi uma prova muito disputada, com tempo ideal. Choveu à noite, mas não foi muito forte. A Serra das Cabras, problema maior da corrida, teve uma subida muito forte e foi justamente nesse trecho que choveu para alguns, o que dificultou bastante. Mas não fez um sol muito forte no trajeto, e isso facilitou. Rodei um certo tempo, até o quilômetro 100, entre os cinco primeiros, mas a gente tem que seguir a realidade, vi que estava forte demais, segurei um pouco e fiz uma prova bem conservadora. Tive alguns probleminhas, mas é normal”, relata Farinazzo.

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A experiência de reviver pela segunda vez os passos do ateniense Fidípides, em 490 a.C., na época da Batalha de Maratona, segundo ele sobrepôs qualquer emoção. “Só de estar entre os melhores do mundo já vale. Os mais novos têm uma vantagem às vezes, eu com meus 49 anos é complicado,mas muito gratificante e, mais importante que isso, é ser um dos três brasileiros representando nosso país maravilhoso. Não tem preço.”
O suporte da equipe do evento também surpreendeu Farinazzo, que precisou de assistência médica, realizada de forma imediata. “É uma prova muito atípica porque você sofre muito, mas tem uma assistência total da organização.

 

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A preocupação da prova não é com o resultado, mas com você. Na chegada te levam para um hospital montado ao lado. Até ressonância magnética fizemos. Olhamos coração, pulmões, fizemos exame de sangue. Vomitei muito depois da chegada porque nos últimos 20 km você fica doido para terminar e é uma sessão de 22km de uma descida muito inclinada, parece o Morro do Imperador, só que mais inclinada, e chega em um momento que você não consegue segurar a perna. E logo depois que você está bem, tem um táxi para cada atleta que leva ao hotel. É algo que não vi em nenhum lugar.”

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