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Com dívida superior a R$ 10 milhões, Tupi estuda permuta da sede social para equacionar passivos

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Na última quarta-feira (1º de setembro), o Conselho Deliberativo do Tupi realizou uma reunião extraordinária tendo como pauta principal a explanação do cenário financeiro do clube, submerso em dívidas que, conforme o presidente, José Luiz Mauler Júnior, acumulam-se em valor entre R$ 10 milhões a R$ 11 milhões, entre passivos trabalhistas e tributários. Neste sentido, conselheiros do clube, ainda conforme Juninho, passaram a buscar parceiros e propostas que podem permutar a sede social alvinegra, no Centro.

“Estamos precisando realizar um saneamento geral do clube. E você não consegue fazer isso da noite para o dia. Estamos buscando parceiros para viabilizar, com algum empreendimento na sede ou algo assim”, revela Juninho.

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Conforme o mandatário executivo, a agremiação alvinegra chegou a um “patamar insustentável” que pode condicionar a venda ou permuta do patrimônio.”Temos que tentar algum empreendimento aqui, alguma empresa que queira, por exemplo, construir um minisshopping. Já discutimos ontem na reunião e todo mundo que esteve presente vai tentar de alguma forma dar ideia de viabilizar uma maneira de poder sair desta situação, que existe por dívidas que se arrastam há 15 anos ou mais.”

Uma das possibilidades levantadas é um novo acordo junto à juiz-forana ACR Empreendimentos, que já fez parte de permuta do antigo parque aquático do clube, que será transformado em um edifício de salas comerciais. Em contrapartida, a empresa construiu, também na sede social, uma nova piscina para utilização dos associados alvinegros.

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“A ACR está estudando se é algo viável, como construir um clube novo no teto de um shopping, por exemplo. Vamos supor que o terreno do Tupi tenha o valor de R$ 15 milhões a R$ 16 milhões. O que sobrar do valor desse clube novo seria passado ao Tupi em empreendimentos dentro do próprio shopping. Na minha cabeça, esta é a única possibilidade. Porque quem vai colocar dinheiro sem uma contrapartida?”, relata Juninho, citando projeto em moldes similares aos da parceria anterior, do parque aquático, mas que deverá envolver a cessão de salas comerciais à agremiação.

A possibilidade foi confirmada à Tribuna pelo diretor da ACR Empreendimentos, Rogério Adum Araújo, nesta quinta-feira. “Realmente o Tupi ofereceu esta área à ACR, que está fazendo estudos, sim”, garante.

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A Tribuna buscou contato com o presidente do Conselho Deliberativo do Tupi, Jarbas Raphael da Cruz, mas não obteve retorno. Em uma tentativa no início da semana, antes da reunião, o diretor afirmou que o tema deveria ser debatido apenas entre os conselheiros da centenária agremiação de Juiz de Fora.

Empréstimo do presidente é aprovado

A reunião desta quarta-feira também marcou a aprovação de um empréstimo pessoal do presidente Juninho ao clube, segundo o mandatário. “Precisamos, de forma imediata, fazer os pagamentos das rescisões dos atletas e os salários desse mês. Ficou resolvido que eu vendi meu carro e vou passar esse dinheiro para o Tupi para quitar essa situação”, garante.

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O valor do empréstimo de Juninho, também conforme o presidente, é de R$ 200 mil. A alternativa também foi permitida em função de o clube não possuir, por exemplo, crédito com instituições financeiras. “O clube não consegue por ter ficha suja. Vamos usar esse termo. Apenas pessoas físicas, mas ninguém dos outros conselheiros tinha como emprestar. E não é a primeira vez que faço isso. Eu tinha uma poupança quando assumi e ela já acabou. Não podemos criar mais passivos trabalhistas. Só que para não perdermos patrimônio, o Tupi precisa de muito mais”, reforça Juninho.

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