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Exercícios ajudam jovens de projeto social a ficarem em casa

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Com saudade dos jogos e treinos, David tem feito atividades em sua casa (Foto: Reprodução)

Os treinamentos em quadra do Juiz de Fora Basquetebol foram paralisados, como ocorreu com todas as equipes locais em virtude da pandemia do novo coronavírus. Mas os exercícios seguem como uma válvula de escape de diversos atletas, mesmo de casa. “Tenho feito atividade todos os dias depois do meu trabalho, menos no domingo. Costuma durar de 30 a 40 minutos e de duas em duas semanas recebo novos exercícios. Essa rotina tem me ajudado bastante a ficar em casa, manter meu corpo bem e minha mente tranquila”, conta o armador da equipe, David dos Santos, de 18 anos e há dois no time.

O projeto que possui cinco equipes e uma escolinha, sendo dois destes times integrados por jovens de 11 a 18 anos atendidos gratuitamente em parceria com o programa Heróis do Futuro, da Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura de Juiz de Fora (SEL/PJF), encontrou uma forma de manter os atletas motivados e, sobretudo, em casa, fator fundamental na visão do coordenador José Henrique Casarim, pela vulnerabilidade social de muitos dos jovens assistidos.

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O profissional, sem trabalhar por conta das paralisações, firmou uma parceria com uma empresa de amigos do Rio de Janeiro para que seus atletas passassem a receber treinamentos diários individualizados, além de desafios e até sorteios, estes organizados por Casarim.
“As atividades da SkillHouse são voltadas ao basquete e ao trabalho que vinha sendo desenvolvido (nos treinos). Os atletas abraçaram a ideia e hoje temos uma interação muito legal. Para os mais novos, visamos a mobilidade e a coordenação, por exemplo. Já o adulto treina para manter ou melhorar a forma física”, conta o coordenador do JF Basquetebol.

O próprio coordenador se juntou aos alunos, outro motivo para mantê-los focados. “Já que não estou trabalhando, nada melhor do que procurar ocupar o dia com treinamento, que faz muito bem a nossa saúde física e mental. Sigo firme treinando com os mais velhos”, afirma Casarim. Além do time adulto, o projeto também possui uma equipe master 35+ e uma feminina, independentes do vínculo com a PJF.

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O principal objetivo, pelo relato de David, tem sido atingido até aqui: seguir com foco e ocupar a mente dos atletas. “Me sinto mais leve mentalmente, esses exercícios trabalham muito a mente, além de te tirar da zona de conforto, porque é onde costumamos ficar em casa. O treino faz muita falta, claro, mas acredito que todos do time estejam fazendo esses exercícios. Espero isso, porque assim, quando voltarmos, estaremos fortes fisicamente, em um nível acima da média das outras equipes”, prevê David. “Precisamos nos cuidar, ficar em casa, e eles ocupam a mente com algo que gostam, que é o basquete e tudo o que ele representa na vida dessa garotada”, complementa Casarim.

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