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JF abre 502 vagas e tem melhor resultado do ano

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Juiz de Fora criou 502 empregos com carteira assinada em setembro, saldo entre 3.748 admissões e 3.245 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia na quinta-feira (29). Este foi o melhor desempenho da cidade em 2020 e, também, o melhor observado em um mês de setembro desde 2014, quando foram criadas 575 vagas.

Na análise setorial, as principais atividades econômicas criaram postos de trabalho, com destaque para o comércio, que abriu 314 vagas. Em seguida, aparecem a indústria (83), os serviços (63) e a construção civil (46).

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A retomada de atividades que estavam paralisadas, a proximidade do fim de ano – considerado o melhor momento para as vendas _, o pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600 e a queda de juros para financiamentos são apontados como fatores que propiciaram o resultado positivo.

O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), que também representa parte do setor de serviços, Emerson Beloti afirma que as contratações têm sido impulsionadas por segmentos específicos. “Nós temos aqueles que estão vivendo um período de aquecimento mesmo com a pandemia, como é o caso de supermercados e gêneros alimentícios, materiais de construção, farmácias e drogarias. Por outro lado, também há empresas que estão abrindo vagas motivadas pelo Natal.”

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A reabertura do comércio na cidade impactou diretamente o setor industrial, conforme explica o presidente da Federação das Indústrias dos Estado de Minas Gerais (Fiemg) regional Zona da Mata, Heveraldo Lima. “A indústria desacelerou a produção e realizou muitas demissões no início da pandemia. Agora, com o retorno do comércio e o aquecimento do consumo por conta do auxílio emergencial, foi preciso contratar mais pessoas para voltarmos a produzir.”

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Já a construção civil foi beneficiada pela queda de juros. “Estamos vivendo um momento de aquecimento. As nossas contratações só não foram maiores por conta da inflação dos materiais de construção que, em alguns casos, chegou a 50%”, diz o presidente do Sindicato da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon-JF), Aurélio Marangon.

Cidade perdeu mais de 6 mil empregos no ano

Apesar do resultado positivo na geração de empregos em setembro, o número de vagas criadas ainda é insuficiente para repor as perdas obtidas ao longo do ano. Entre janeiro e setembro, Juiz de Fora encerrou 6.039 postos de trabalho. Por isso, na avaliação das lideranças setoriais, será preciso uma continuidade desses números para dar consistência à recuperação econômica.

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“Estamos melhores do que ontem, mas ainda longe da retomada. Só através do emprego, haverá a recuperação da economia, mas o empresário ainda está receoso com o que está por vir. É preciso ter cautela, pois não sabemos como será a partir de janeiro, quando acabam os recursos extras de 13º salário e auxílio emergencial. Estamos esperançosos, mas com o pé no chão”, declarou Beloti.

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