Juiz de Fora é a terceira cidade com maior potencial de consumo no estado e ocupa o 22º lugar no país. É o que aponta o ranking da Geofusion, empresa de inteligência de mercado com sede em São Paulo. De acordo com a pesquisa, Juiz de Fora possui capacidade de consumo superior a R$ 21 bilhões. No ranking mineiro, perde lugar apenas para a capital, Belo Horizonte (R$ 90 bilhões), e Uberlândia (R$ 24 bilhões). Ao todo, foram avaliados 50 municípios brasileiros.
O potencial de consumo revela quanto dinheiro a população daquele município tem propensão a gastar por cada categoria de produto ou serviço. Ele é calculado com base na expectativa de crescimento e na taxa de inflação projetada para o ano. De 2020 a 2022, Juiz de Fora subiu 14 posições no ranking nacional, saltando de 36º para 22º lugar. No período, a cidade também ganhou posições no estado, ultrapassando o município de Contagem (R$ 16 bilhões).
O estudo ainda apontou as principais categorias que a população está disposta a gastar. São elas: alimentação fora do domicílio; alimentação no município; artigos de limpeza; bebidas; calçados; material de construção; despesas com recreação e cultura; viagens; eletrodomésticos e equipamentos; gastos com veículos próprios; habitação; higiene e cuidados pessoais; livros e materiais escolares; matrículas e mensalidades; medicamentos; mobiliários e transporte urbano.
‘Corre dinheiro em Juiz de Fora’, diz secretário
Para o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade, Ignacio Delgado, a máxima que em Juiz de Fora não corre dinheiro não passa de uma “lenda urbana”. “A pesquisa de Geofusion indica o contrário. Juiz de Fora possui um enorme potencial de consumo, crescente e robusto. (…) Com tais condições, a cidade tem tudo para transformar sua estrutura produtiva, desde que os recursos disponíveis no município não fiquem empacados na esfera do investimento, em empreendimentos ou aquisições sem potencial reprodutivo, que se imobilizam em ativos que não aproveitam o excelente capital humano e a rede de pesquisa.”
Para Ignacio, na esfera do consumo, é preciso atenção e estímulo às compras locais. “Não se trata, é óbvio, de imaginar uma cidade autárquica, mas o potencial de consumo da cidade precisa estimular negócios locais, num processo de retroalimentação que eleva a renda e a qualidade de vida das pessoas”, completa.