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Estabelecimentos voltam a vender gás de cozinha em Juiz de Fora

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José Braz usou um carrinho de mão para transportar um botijão cheio no São Pedro (Fotos: Regina Campos)

Em falta nos últimos dias nas revendedoras da cidade, o gás de cozinha chegou nesta quarta-feira (30) em comboio de 39 caminhões viabilizado pela Prefeitura (PJF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). Foram entregues 3.500 botijões a nove estabelecimentos. A princípio, o reabastecimento atendeu hospitais e escolas municipais para, em seguida, ser comercializado ao público, conforme determinado no Decreto nº 13.307, que limita a compra de um botijão por unidade residencial. O preço do produto é de R$ 75 em todos os locais. Outra remessa é esperada para esta quinta-feira com a chegada de novo comboio de caminhões do Rio de Janeiro.

O valor é R$ 3,77 mais caro do que a média de R$ 71,23 praticada anteriormente, conforme levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Na avaliação do superintendente da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF), Eduardo Schröder, o preço está dentro da normalidade diante de todo o contexto. “Quem decidiu quais estabelecimentos receberiam os botijões foi a distribuidora, não a Prefeitura. O valor é um só, pois o momento não é de competição, mas de sobrevivência.”

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Alívio

Sem gás desde a semana passada, Maria das Dores precisou improvisar um fogão a lenha

Os juiz-foranos que enfrentaram a escassez do gás de cozinha conhecem muito bem a realidade. A aposentada Maria das Neves Agostinho, 60 anos, estava sem o produto desde a semana passada e precisou improvisar um fogão a lenha com lajotas para suprir a necessidade Nesta quarta, ela correu para garantir um botijão no depósito do Bairro São Pedro. “Paguei R$ 75. Achei um preço justo. Tinha gente aí que estava vendendo a R$ 120, mas esse valor eu não pagaria.” Morando em uma casa com seis pessoas, o aposentado José Braz, 69 anos, correu até o depósito mais próximo logo que soube da disponibilidade do produto. “O gás de casa ainda não acabou, mas precisamos manter um de reserva.”

Conforme a Tribuna mostrou, com a crise no abastecimento, a população recorre a eletrodomésticos, churrasqueiras e fogões a lenha. A arquiteta Mariana Rebelatto, por exemplo, improvisou um fogão a lenha com blocos de concreto em seu quintal, onde conseguiu fazer seu almoço nesta terça-feira.

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Confira os locais de venda:

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