No dia de abertura oficial da campanha salarial 2016/2017, os trabalhadores da Imbel receberam, do sindicato de classe, um bracelete preto para ser usado em protesto contra “arbitrariedades” que teriam sido adotadas pela empresa. Entre elas, cortes do café da manhã e do seguro de vida, além do aumento considerado “abusivo” no plano de saúde e da ação ajuizada na Justiça contra a entidade.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plásticos de Juiz de Fora, Scipião da Rocha Júnior, os itens da pauta foram conversados ontem com os trabalhadores na porta da fábrica. Entre os pleitos, estão ganho real de 10% além do repasse inflacionário, com aplicação dos mesmos índices para o auxílio-creche e tíquete-alimentação. Também é cobrada a implantação imediata – e retroativa – do vale-cultura. Conforme Scipião, a empresa, além de ter formalizado representação no Ministério Público do Trabalho, estaria movendo ação na Justiça do Trabalho por conta das faixas de protesto afixadas na Avenida JK, em frente à fábrica.
A Imbel, por meio de sua assessoria, informou que ontem não seria possível fornecer qualquer informação sobre o assunto, em função da realização de uma reunião de negociação no final da tarde, “cujo teor não é recomendável adiantar”. A data-base da categoria, que reúne cerca de 250 trabalhadores na cidade, vence em abril.