Na última quinta-feira (22), a Petrobras anunciou uma nova redução nos preços do gás de cozinha. Esse é o segundo corte registrado de forma consecutiva no mês de setembro, chegando a uma redução de 6%, após o primeiro reajuste, em 13 de setembro, ser de 4,7%. Em Juiz de Fora, mesmo após essa alteração, os preços têm se mantido acima de R$ 100, mesmo valor que estava há duas semanas, quando a Tribuna realizou um levantamento com as principais revendedoras. De acordo com os sindicatos, esse valor só deve abaixar após as companhias também conseguirem uma redução, o que ainda não foi possível.
Apesar da queda no valor da Petrobras, há outros fatores que definem o preço final do gás de cozinha, o que faz com que esse valor não tenha ainda, na prática, chegado ao consumidor de maneira mais acessível. Desde a última sexta-feira (23), o preço médio de venda para as distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passou de R$ 4,0265/kg para R$ 3,7842/kg, o equivalente a R$ 49,19 por 13kg, uma redução média de R$ 3,15 por 13kg. No atual levantamento da Tribuna, realizado na terça-feira (27), no entanto, as distribuidoras estão vendendo o botijão por valores entre R$100 e R$120, sem considerar as taxas de entrega aplicadas.
Isso acontece porque a Petrobras é responsável por menos da metade do preço, e essa variação também depende de impostos e da taxa de lucro. Em setembro, o dissídio coletivo dos trabalhadores do setor, que é pago tradicionalmente durante o mês, trouxe um impacto nos valores do gás de cozinha. De acordo com Venceslau José da Silva Filho, presidente do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de GLP do Estado de Minas Gerais (Sirtgás-MG), isso fez com que a baixa vinda do Governo federal não gerasse a redução desejada. “Mesmo com a redução da Petrobras, também houve o aumento das companhias. Por isso não tá chegando ao consumidor, na ponta”, diz.
Pesquisar antes de comprar
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), por sua vez, esclarece que os preços do GLP são “livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado”. Até o momento, eles revelam, em nota, que as distribuidoras associadas não reportam ao sindicato qualquer aumento ou baixa de preço e apontam que, por enquanto, não há como fazer uma previsão de preço ao consumidor. Mesmo com a atual estagnação desse valor, o presidente do Sirtgás-MG sinaliza que a perspectiva para os próximos meses é promissora. “Com o preço de agora até outubro, vamos ter mais quedas, e aí a redução já pode começar a chegar para o consumidor na ponta”, acredita Venceslau.
Além de estar atento às variações do mercado, o Sindigás recomenda que os consumidores que desejam encontrar valores mais em conta do gás de cozinha sempre façam uma pesquisa entre os preços antes de efetuar a compra. Dessa maneira, eles enxergam que é mais fácil encontrar “a melhor combinação de oferta de serviço e preço, sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”.