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Entidades comerciais pedem ‘reabertura gradual de empresas’

Na manhã desta quinta, lojas localizadas em galerias amanheceram com as portas fechadas (Foto: Leonardo Costa)

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Além dos questionamentos feitos por setores industriais de Juiz de Fora sobre um possível colapso da economia da cidade por conta do avanço do coronavírus e das medidas mitigadoras adotadas para o enfrentamento ao avanço da Covid-19, mostrados pela Tribuna em matéria publicada na última quarta-feira, entidades que representam os comerciantes da cidade também externaram suas preocupações diante do atual quadro que resultou no fechamento de várias atividades comerciais por decretos editados pelo Estado e pelo Município.

Em nota conjunta, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL-JF), Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF) e da Associação Comercial e empresarial de Juiz de Fora (ACEJF) afirmam que “apresentam uma preocupação global a respeito da situação: pensamos na saúde, na vida social, nos empregos e na economia”. Assim, as entidades se dizem dispostas a “ampliar o diálogo com o poder executivo e encontrar um equilíbrio entre a manutenção de medidas sanitárias e o desenvolvimento da atividade econômica”.

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“Muito em breve, as empresas não terão disponibilidades financeiras para o pagamento de seus empregados. Muito em breve, as empresas não terão disponibilidade financeira para quitar seus tributos e fornecedores”, diz o texto. As entidades, no entanto, pontuam que não são contra a paralisação, mas defendem que o pensamento adotado neste momento não seja “simplista”.Assim, a entidades defendem um isolamento vertical. “Entendemos que devemos discutir a possibilidade de separar e preservar à população inserida na faixa de risco e assim pensar numa reabertura gradual das empresas, permitindo o reaquecimento da economia, a garantia de inúmeros postos de trabalho, naturalmente, respeitando os protocolos essenciais à vida de todos os envolvidos”, afirma a nota.

Fecomércio: queda de vendas supera 80%

No âmbito estadual, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio/MG) afirma que diversas empresas mineiras “acumulam imensuráveis prejuízos financeiros dia após dia, o que, em muitos casos, poderá comprometer sua sobrevivência futura”.

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Segundo a federação, os impactos nas vendas e no fluxo de clientes dos estabelecimentos comerciais causados pelas ações de enfrentamento do coronavírus superam 80%. Ainda de acordo com a entidade, no setor de serviços, as perdas se aproximam de 90%.

“O fato é que o empresário requer respostas rápidas das autoridades públicas, além de uma programação estrutural adequada para que a paralisação das atividades empresariais não prossiga por tempo indeterminado, sob pena de vivenciarmos uma convulsão econômica e social com proporções incalculáveis para a nossa sociedade”, diz a nota da entidade.

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