Mesmo sem gasolina e etanol nos postos da cidade, muitos juiz-foranos não podem abrir mão do carro no dia a dia. Por isso, qualquer economia de combustível é bem vinda para reduzir o consumo e andar um pouco mais. A Tribuna conversou com o professor da UFJF Washington Orlando Irrazabal Bohorquez, que é mestre em engenharia de energia, doutor em engenharia aeronáutica e mecânica, e pós-doutor em engenharia aeroespacial. Ele garantiu ser possível reduzir o gasto entre 15% e 20%, adotando medidas relativamente simples. Confira algumas dicas:
Não pise fundo no acelerador
Quanto mais aceleramos, mais combustível gastamos. Por isso, o professor Washington sugere que, se o semáforo estiver prestes a fechar, o ideal é ir reduzindo a velocidade aos poucos, para evitar parar. A velocidade constante deve ser um hábito adotado.
JF + morro = gasto de gasolina
A cidade é composta por muitas ruas e avenidas íngremes. É difícil, mas evitá-las é importante neste momento. Se não tiver jeito, o professor orienta evitar acelerar fundo em subidas longas. “Busque sempre uma velocidade constante. Por isso, antes do morro, tente pegar impulso para não deixar a rotação do motor alta”, informou. Primeira e segunda marchas? Talvez seja possível subir bem devagar, na terceira. Ele também falou sobre o mito de descer morros com o carro desengrenado, o que é considerado perigoso. Para fins de consumo, a economia nem sempre é certa, o que vai depender da velocidade, pois mesmo no ponto morto o motor permanecerá ligado.
Ar condicionado nem pensar!
Felizmente os últimos dias são de baixas temperaturas no município. Mesmo assim, tem gente que não abre mão do conforto do ar condicionado. O problema é que o equipamento que resfria o ar funciona através de um compressor, que é um grande vilão do consumo de combustível. Estima-se que o gasto de gasolina, em centros urbanos, aumente até 30% quando o ar condicionado está ligado.
Evite aparelhos eletrônicos
Todos gostam de ouvir música enquanto dirige. No entanto, neste momento de escassez de combustível, esta prática deve ser evitada. Assim como manter ligado, na tomada do carro, carregadores de celular, aparelhos de GPS ou outro componente eletrônico. “Tudo depende de energia, e a fonte primária é o combustível químico.” Funciona assim: o gerador de energia do veículo vai transformar o combustível em força e eletricidade, que será armazenada na bateria. Se há muitos acessórios ligados, a bateria descarrega, e o gerador vai precisar trabalhar mais. “E para o gerador produzir energia, ele precisa estar em movimento, que é feito pelo motor. Se o consumo de eletricidade for grande, acaba causando impacto na fonte primária, que é a gasolina ou o etanol.”
Mais de um carro na garagem? Escolha o mais básico
A regra é simples: quanto mais simples e fraco for o motor do carro, menor será o consumo de combustível. Ao contrário, quanto maior o número de acessórios, maior será o gasto. Tudo vai depender do modelo, mas de um modo geral, priorize sair com carros populares, com motor 1.0, direção mecânica e poucos componentes eletrônicos.