Juiz de Fora fechou, em maio, 534 empregos com carteira assinada. O saldo reflete a prevalência das demissões (4.401) ante as admissões (3.867) no período. Apesar de o resultado ser melhor do que o constatado em maio de 2015 (-781), segue a tendência de retração no mercado de trabalho verificada na cidade e prevalente em todo o ano. Com o desempenho, o município ocupa o 103º lugar no ranking estadual de evolução do emprego formal.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgados nesta sexta-feira (24) apontam ainda que, no acumulado do ano, são menos 1.567 vagas celetistas. O número é 61,4% maior do que o verificado no mesmo período de 2015, quando o saldo ficou negativo em 971 oportunidades. Nos cinco primeiros meses de 2016, apenas abril apresentou resultado positivo (217).
Dentre os setores produtivos, serviço apresentou a maior retração (-172), seguido por construção civil (-155) e indústria da transformação (-95), considerando o desempenho do mês passado. Nos cinco primeiros meses do ano, o comércio assume a liderança, com saldo de -971, seguido por construção civil (-262) e indústria da transformação (-218).
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Emerson Beloti, mediante o cenário econômico, o comércio precisava enxugar pessoal e o fez, sendo o movimento refletido no Caged. A preocupação agora, diz, é encontrar uma situação de equilíbrio para voltar a contratar. “Quem não está empregado não está consumindo, e isso é ruim para o setor.” Beloti acredita que uma retomada só deve acontecer em 2017. Até lá, a cidade e o setor se beneficiam com os movimentos sazonais e a inauguração do Shopping Jardim Norte, prevista para acontecer em 12 de julho. “É um alento para Juiz de Fora poder empregar 1.500 pessoas, entre funcionários diretos e indiretos. ”
No país
Em maio, 72.615 vagas de empregos formais foram fechadas em todo o país, mantendo a tendência de mais demissões que contratações. No acumulado de janeiro a maio, 448.011 postos foram extintos. No cenário nacional, a exemplo do que aconteceu na cidade, o resultado para o mês foi melhor que o do ano passado, quando 115.559 vagas foram eliminadas em maio. Nos últimos doze meses, o país perdeu 1.781.906 empregos com carteira de trabalho assinada, o que corresponde a retração de 4,34% do contingente trabalhadores formais. O emprego formal apresentou resultado positivo no mês em Minas (9.304). Na série ajustada, que incorpora informações declaradas fora do prazo, houve decréscimo de 12.220 postos nos cinco primeiros meses do ano.