O acordo de concessão do Aeroporto Presidente Itamar Franco ao Consórcio Aeroporto Zona da Mata, formado pelas empresas Socicam e Universal Armazéns Gerais e Alfandegados, foi assinado nesta segunda-feira (22). Com isso, o terminal passa a ser administrado através de Parceria Público-Privada, sendo o primeiro de Minas a operar neste modelo. A partir da assinatura começa a transição, que culmina na gestão a partir de 1º de janeiro.
O presidente do Consórcio, Cláudio José Gomes, destacou que o aeroporto é estratégico por estar inserido em eixo logístico decisivo para a atração de investimentos. “Quero agradecer a equipe do Governo de Minas e dizer que essa é uma ação pioneira no Brasil, Minas saiu na frente.” Para o subsecretário de Investimentos Estratégicos, Luiz Antônio Athayde, este é um marco histórico, porque, a partir de agora, o novo concessionário terá maior sintonia com a estrutura governamental, sendo possível inserir a Zona da Mata em outro padrão de logística aérea. “Vai mudar a dinâmica da Zona da Mata e vai colocar Minas Gerais como polo da logística avançada do Brasil.” O governador Alberto Pinto Coelho agradeceu o interesse da iniciativa privada e o trabalho da equipe técnica que possibilitou a parceria.
Conforme o Governo estadual, o modelo de PPP foi escolhido visando a permitir o desenvolvimento tanto do transporte de passageiros quanto o de cargas, dando flexibilidade à concessionária no desenvolvimento de negócios.
No início do mês, a Gol Linhas Aéreas anunciou que pretende operar no terminal a partir de 2015. Além dos dois voos diários regulares para Belo Horizonte (Aeroporto Internacional de Confins/Tancredo Neves) e prosseguimento, sem troca de aeronave, para o Aeroporto de Congonhas (São Paulo), os passageiros poderão contar com a oferta de voos regulares para destinos internacionais, como Buenos Aires (Argentina), Lisboa (Portugal) e Punta Cana (República Dominicana). Os voos internacionais, partindo de Confins, serão realizados com as empresas parceiras Aerolíneas Argentinas e TAP Linhas Aéreas. A intenção é iniciar a oferta de seis voos semanais a partir de 23 de março. A operação, no entanto, depende de aprovação pela Anac.
O consórcio vencedor apresentou a melhor proposta econômica, oferecendo desconto de 32% no valor da contraprestação anual do Estado, que terá valor aproximado de R$ 4,4 milhões por ano, durante a vigência do contrato. O prazo da concessão será de 30 anos, prorrogável por mais cinco.