Depois de ter ficado em sétimo lugar entre as gasolinas mais caras no estado, os preços dos combustíveis, em Juiz de Fora, apresentam recuo na comparação com igual período do ano passado. Conforme a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), o valor médio praticado na cidade, este mês, é de R$ 4,728, que representa queda de 1,66% ante junho do ano anterior, quando o valor médio cobrado dos motoristas era R$ 4,808. Em relação ao etanol, a redução chega a 4,13%. O valor médio do litro, este mês, é de R$ 2,968. Em junho de 2018, a média era de R$ 3,096.
Com essas cifras, a gasolina chega ao segundo valor médio mais barato este ano na análise mensal. Em janeiro, a média foi de R$ 4,729; em fevereiro, R$ 4,710; março, R$ 4,736; abril, R$ 4,751; e maio, R$ 4,811. Considerando o etanol, é a primeira vez, esse ano, em que uma média mensal fica abaixo dos R$ 3. O litro estava custando R$ 3,073 em janeiro, R$ 3,052 (fevereiro), R$ 3,174 (março), R$ 3,217 (abril) e R$ 3,078 (maio).
Tendo por base a pesquisa mais recente divulgada pela ANP, referente à semana de 9 a 15 de junho, a gasolina era comercializada a R$ 4,748, com mínima de R$ 4,550 e máxima de R$ 4,899, de acordo com o posto escolhido pelo consumidor. Em relação ao etanol, o preço de venda foi é de R$ 2,995, podendo ser encontrado de R$ 2,790 a R$ 3,299 no mercado local.
Em posicionamentos reiterados, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) afirma que não faz pesquisas de preço, estoque, volume de compra ou qualquer outra informação de cunho comercial junto a postos. A entidade, que representa os cerca de quatro mil postos de combustíveis do estado, afirma que não existe tabelamento no setor, já que o mercado de combustíveis é livre. “Cada empresário define seu preço de venda, que varia de acordo com inúmeros fatores, como estratégias comerciais, localização e concorrência, entre outros.”
MP está de olho
O preço da gasolina em Juiz de Fora é objeto de investigação na 13ª Promotoria de Defesa do Consumidor. O órgão instaurou procedimento para apurar se postos estariam obtendo lucro excessivo com a venda de combustível na cidade. Quatro estabelecimentos foram notificados e apresentaram a documentação solicitada, como notas fiscais e livros de registro. Conforme a Promotoria, a papelada foi encaminhada a um contador do Ministério Público para apuração. Sobre a análise do contador, o MP, por meio de sua assessoria, afirmou que alguns postos não enviaram todos os documentos solicitados ou encaminharam arquivos incompletos. Após o reenvio, a informação é de que o profissional segue fazendo perícia dos documentos.
O MP também citou a realização de audiência pública sobre o assunto. O procedimento teve origem em representações apresentadas pelos consumidores através da ouvidoria e pode ser estendido a todos os postos em atividade no município. Entre as queixas, está a de que as baixas promovidas pela Petrobras junto às refinarias não seriam repassadas ao consumidor final. Caso o lucro excessivo seja constatado, os estabelecimentos serão atuados.