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Projeto do Parque Tecnológico é retomado pela UFJF

Sede do parque seria construída em área de 1,2 milhão de metros quadrados às margens da 040 (Foto: Fernando Priamo)

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Uma das unidades do parque será construída em área às margens da 040 (Foto: Fernando Priamo/Arquivo TM)

Idealizado há 15 anos, o projeto do Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (PCTJFR) será retomado. A ideia inicial, estimada em mais de R$ 70 milhões, foi readequada para um formato mais enxuto, que propõe uma estrutura descentralizada. O edital deste novo projeto está previsto para ser publicado em dezembro, e a expectativa é que ele seja finalizado em 2021.

Usando parte dos recursos oriundos do convênio firmado entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estimados em cerca de R$ 5 milhões, o primeiro passo será a construção da sede administrativa, localizada numa área de, aproximadamente, mil metros quadrados em frente ao Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt).

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A sede contará com área para conhecimento e transferência de tecnologia, espaço para abrigar empresas e auditório para a realização de eventos. “Os recursos do Finep serão utilizados não apenas para construir a edificação, mas para criar o sistema de governança compartilhada do Parque Tecnológico”, explica o diretor do Critt, Ignacio Delgado. “Será realizado um trabalho que integre a universidade, outras agências do Poder Público, além de empresas que também poderão se instalar no local.”

A segunda vertente do Parque Tecnológico será o Centro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão, Transferência de Tecnologia e Cultura (CIEPTEC-UFJF Norte), localizado num terreno de cerca de 42 mil metros quadrados no Distrito Industrial, que irá abrigar projetos de pesquisa em parceria com empresas.

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Por fim, o terceiro braço do projeto será o terreno próximo ao Km 790 da BR-040, adquirido pela UFJF em 2008, onde inicialmente seria construído o projeto. “O espaço continua disponível para a instalação de empresas que queiram trabalhar com pesquisa, inovação e tecnologia”, afirma Ignacio. “O projeto inicial era gigantesco, com dimensões que nenhum parque tecnológico do Brasil possui. E não havia recursos para viabilizá-lo”, explica ele, ressaltando que a reestruturação foi necessária para tornar o empreendimento possível.

Histórico
O Parque Tecnológico tem a proposta de promover a integração entre instituições de ensino e pesquisa, empresas e Governo. O projeto foi idealizado em 2005 e, desde então, enfrenta entraves para se concretizar.

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Inicialmente, a proposta era de que todo o projeto fosse instalado no terreno próximo ao Km 790 da BR-040. Em 2012, foi lançada uma licitação para a obra, com recursos de empenho do Ministério da Educação (MEC). O Tribunal de Contas da União (TCU) embargou o processo, que foi retomado apenas em 2014. De acordo com a UFJF, o atraso afastou a empresa vencedora e, à época, a Reitoria não lançou nova licitação.

Ainda conforme a assessoria da instituição, em 2016, as pendências relativas ao processo de licenciamento ambiental e demais providências para a obra do parque foram encaminhadas ao MEC por meio da Portaria 799, de 3 de julho de 2017. “Não houve, contudo, a liberação, pelo Governo federal, dos recursos empenhados em 2012 para a obra de infraestrutura. Em 2018 caducou a possibilidade de seu uso”, informou a assessoria.

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Desenvolvimento
O presidente da Comissão para Acompanhamento da Implantação do Parque Tecnológico da UFJF, Fabrício Campos, afirma que os esforços iniciais na retomada da implantação do núcleo foram direcionados à liquidação das pendências relativas à ocupação da área disponível no Km 790 da BR-040, o que resultou no atendimento dos requisitos para o licenciamento ambiental. “Por isso, obtivemos a liberação para a construção do prédio-sede e prospecções de novas parcerias com empresas para ocupar os espaços disponíveis e trazer retorno para o desenvolvimento de toda a Zona da Mata e região.”

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