Na lista das cinco principais economias mineiras, Juiz de Fora é a única representante da Zona da Mata e está em quarto lugar, acima de Belo Horizonte e abaixo de Uberlândia, Contagem e Betim, nesta ordem, na análise do desempenho econômico no primeiro semestre deste ano. O município compõe, ainda, o grupo que reúne 43 cidades, que, em junho, apresentou o melhor desempenho no Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem), criado pela Conjuntura e Mercados Consultoria Júnior (CMC Jr.) da Faculdade de Economia da UFJF. Juntos, estes municípios representam a fatia dos 5% com maior nível de atividade econômica no estado.
De acordo com o último boletim do Iaem, divulgado no final de setembro, a performance positiva de Juiz de Fora pode ser explicada, em grande parte, pelo nível de movimentação bancária e pelo grau de abertura para o comércio exterior, verificados em junho. O indicador considera, ainda, outras duas variáveis – a geração de emprego em cada setor de atividade e o estado das finanças públicas – e tem por objetivo monitorar, a cada mês, a evolução da economia nos 853 municípios mineiros.
De acordo com o coordenador do projeto, Fernando Perobelli, na análise de junho, isoladamente, Juiz de Fora ocupa o sétimo lugar, perdendo espaço para Belo Horizonte, Betim, Uberlândia, Contagem, Nova Lima e Uberaba, nesta ordem, com concentração predominante na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no Triângulo Mineiro. Conforme Perobelli, o desempenho no quesito emprego tem puxado o município para baixo no ranking mineiro. Em junho, a cidade perdeu 428 postos celetistas. No semestre, a queda chega a 1.880.
Manhuaçu sobe, Ubá perde uma posição
No ranking regional, que ordena os municípios de acordo com a intensidade da atividade econômica, Juiz de Fora se mantém na liderança da Zona da Mata. Na análise do primeiro semestre, há pouca variabilidade dos municípios. Manhuaçu ganhou posições, em contrapartida, houve perdas relativas no Iaem para os municípios de Ubá, Cataguases, Viçosa e Leopoldina no período avaliado. Além de considerar o desempenho do indicador no intervalo, há a comparação com a posição de cada cidade tendo por base o Produto Interno Bruto (PIB – ver quadro).
Conforme Perobelli, a perda de posições de Ubá reflete que o município continua sofrendo com a crise nas indústrias de confecções e moveleira da região. Nos seis primeiros meses do ano, Ubá acumula perda de 102 postos de trabalho na indústria de confecções e 140 na de móveis. Ainda na Mata Mineira, Manhuaçu subiu três posições no ranking regionalizado, ficando atrás apenas de Juiz de Fora. A cidade, avalia o coordenador, foi impulsionada pelo saldo positivo na criação de empregos formais, principalmente nos setores de agricultura e pecuária, indústria da construção, serviços de utilidade pública e educação.
Segundo o coordenador, além de identificar a distribuição espacial da atividade econômica no estado, o IAEM pode auxiliar na formulação de políticas de desenvolvimento regional e na tomada de decisão para investimentos privados.