Com o avanço do coronavírus pelo Brasil, uma das questões que se coloca para a população é como se precaver na hora de ir ao banco, local de aglomeração de pessoas e que, comumente, o cliente precisa passar um tempo significativo devido às filas. Em Juiz de Fora e no estado, no que diz respeito à possibilidade de fechamento das agências ou redução do horário de atendimento, o funcionamento irá permanecer normal, conforme a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), que informou que o setor segue procedimentos previstos na legislação bem como práticas internacionais, em que os bancos foram considerados atividades essenciais, como saúde e segurança, e não tiveram seu funcionamento interrompido. Em atenção ao público de maior risco, os bancos poderão reorganizar os atendimentos internos ou mesmo escalonar o atendimento.
No caso da Caixa, por exemplo, a assessoria de imprensa regional Juiz de Fora, informou que se mantém engajada em colaborar com medidas de estimulo à economia e em atender às necessidades da população, com o objetivo de reduzir os impactos da pandemia. O banco ressaltou que o atendimento aos clientes está sendo realizado, normalmente, nas agências, lotéricas e salas de autoatendimento. Os horários de funcionamento permanecem os mesmos. O banco recomenda a utilização dos canais remotos e digitais de atendimento, tais como: aplicativos para celular, Internet Banking, dentre outros, a fim de se evitar aglomerações nas agências e nas lotéricas.
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Além disso, toda a rede de atendimento (agências, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui) foi instruída a afixar cartazes alertando os clientes de que o canal oficial com informações sobre o coronavírus é a página do Ministério da Saúde. O banco publicou ainda orientações sobre o Covid-19 nos perfis de redes sociais e site institucional, assim como no Internet Banking.
Já a assessoria do Banco do Brasil esclareceu que irá acionar home office de acordo com a criticidade do processo e natureza do trabalho e para grupos de risco nos estados onde há transmissão comunitária, reforçar higienização (maçanetas, superfícies, equipamentos) em todas as suas unidades e instalações e priorizar, nas praças com transmissão comunitária do vírus, o atendimento ao público por funcionários que não integram o grupo de risco (grávidas, pessoas acima de 60 anos, diabéticos, pessoas em tratamento de câncer e doenças cardiovasculares). O Banco do Brasil também informou que continua realizando atendimento ao público, sem alteração no horário de funcionamento e que monitora constantemente os acontecimentos e quaisquer mudanças no atendimento de suas unidades serão informadas imediatamente aos seus clientes/usuários e ao mercado.
Mobilização
Secretário Geral do Sindicato dos Bancários, Robson Marques, afirmou que um dos maiores compromissos do órgão junto às agências é garantir o trabalho remoto de funcionários acima de 60 anos e identificar aqueles que se enquadram sem situações de risco, como os portadores de diabetes. “Também queremos assegurar a garantia de que todas as agências de Juiz de Fora disponibilizem álcool em gel para os clientes e seus funcionários para higienização e alteração de atendimento, para que seja realizado a cada dez clientes, com o objetivo de evitar aglomeração, já que as agências tem uma única entrada e saída e ausência de janelas”, ressaltou o sindicalista, acrescentando que, nesta quarta-feira (17) será realizada a colagem de cartazes nos bancos com orientações e alerta para o população sobre a situação envolvendo o coronavírus e sobre a rigidez de algumas agências em adotar medidas preventivas. Também como precaução, o próprio sindicato adotou como providência o fechamento de sua sede administrativa por tempo indeterminado. As atividades imprescindíveis serão feitas de forma remota.
Comissão
Nesta terça-feira (17), a Febraban se reuniu com as 236 entidades sindicais que representam os cerca de 450 mil bancários de todo o Brasil. O resultado foi a criação da Comissão Bipartite Covid-19, um canal direto e permanente de troca de informações entre bancos e as entidades que representam os bancários sobre as ações adotadas. Além disso, foram estabelecidas medidas a serem empregadas nas agências para proteção dos clientes e funcionários. O home office é uma delas e, conforme a Febraban, milhares de bancários já estão trabalhando em casa. Os bancos também dividiram suas equipes que ainda estão atuando, presencialmente, e definiram locais de trabalho diferenciado para cada grupo de forma a reduzir o número de profissionais concentrados ao mesmo tempo nos locais de trabalho.
Ainda foram indicados canais para notificação de casos entre os funcionários dos bancos e criados novos protocolos de limpeza das agências. As equipes encarregadas da tarefa foram orientadas a intensificar a higienização, especialmente, dos locais com maior contato das pessoas, como maçanetas, balcões, botões de elevadores e superfície dos caixas eletrônicos.