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Empreendedora e corretora de imóveis de JF pede união feminina por ascensão na área

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Nesta quarta-feira (15), Eliane de Oliveira Matta, advogada, corretora de imóveis e empreendedora, concedeu entrevista exclusiva para Marcelo Juliani, na Rádio Transamérica Juiz de Fora, em sequência à série especial dedicada ao mês da mulher. Ela começou com um pequeno negócio, próximo ao Cine-Theatro Central, cresceu na área e hoje é delegada do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) da Zona da Mata, espaço em que busca incentivar a presença feminina nesse mercado.

Foto: Cris Hubner

Sua trajetória começou enquanto morava no Rio de Janeiro e trabalhava em um escritório de advocacia especializado em avaliação de imóveis. “Por motivos pessoais, precisei retornar para Juiz de Fora, e logicamente ia trabalhar com imóveis. Comecei com uma loja pequeninha, e eu fazia tudo sozinha”, relembra. Em sua experiência, fica bastante claro que as mulheres precisam sempre “desbravar seu espaço”, e o mercado imobiliário não é exceção – pelo contrário. “Há muitos homens e bastante preconceito. Os corretores acham que as mulheres não sabem fazer conta, matemática financeira ou o fechamento de vendas. Infelizmente, ainda é assim”, diz.

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Quando se tornou representante do Creci, um dos seus objetivos foi justamente melhorar essa realidade. “Hoje, tenho sob o Creci 270 imobiliárias inscritas e mais de 2.200 corretores inscritos em Juiz de Fora. Em um levantamento que fiz semana passada, vi que são apenas 27 mulheres gestoras de empresas”, revela. O dado, que ela enxerga como bastante desproporcional, acabou motivando que ela buscasse um encontro direto entre essas mulheres. A “tarde com café” reuniu esse grupo para discutir perspectivas, ideais e também agregarem conhecimento uma à outra.

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Para ela, para que esse número cresça, é preciso de parceria. “Como empreendedora, vejo que a gente, mulher, tem que se agregar, se unir, se fortalecer. Uma apoia a outra, e forma uma rede muito bonita”, diz. Matta. Ela enxerga, ainda, que há diferenciais que as mulheres corretoras podem trazer: “Nós vemos detalhes, como por exemplo a posição do sol, o tamanho da cozinha, a proximidade com colégios, pontos de ônibus, padarias… Temos um olhar diferenciado, e com isso, a gente, como corretora, tem ganhado mercado”, explica.

Além disso, ela avalia que, recentemente, mais mulheres também têm buscado se especializar dentro do mercado da corretagem em relação aos homens. Para ela, isso inclusive sinaliza a importância de ter mais profissionais qualificados na área. “O corretor hoje, para ser um bom profissional, precisa estudar muito. São muitos cursos que existem hoje sobre gestão imobiliária, marketing, apresentação profissional e como sentir o seu cliente. O corretor tem que entender que não é a comissão que tem que visar, e sim diagnosticar qual é a necessidade do seu cliente”, explica.

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