Trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora, e também da Zona da Mata e Campo das Vertentes, encerram a greve na manhã desta quarta-feira (14). Mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região (Sintect/JFA), a categoria mantém o estado de greve, podendo deflagrar outra paralisação a qualquer momento. Por enquanto, não há ações programadas para os próximos dias. O serviço e o atendimento nas agências ocorrem sem alterações, assim como nos dois dias em que os trabalhadores estiveram em greve.
De acordo com o diretor de formação política e sindical e relações sindicais do Sintect/JFA, Reginaldo de Freitas Souza, o fim da greve foi motivado pela decisão dada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na segunda-feira (12), de alterar as regras do plano de saúde dos Correios, autorizando a cobrança de mensalidades para funcionários e dependentes. A proposta principal da mobilização era lutar para garantir o benefício nos moldes como foi definido em acordo coletivo. Por isso, o sindicato avaliou a decisão do TST como “mais um ônus” à categoria, prejudicando ainda mais a situação enfrentada pelos funcionários, principalmente os carteiros, que são os que sentem os impactos diretos do sucateamento da empresa.
A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e teve adesão em 22 estados e Distrito Federal. Sobre a decisão do TST, a entidade considerou “um verdadeiro ataque aos direitos dos trabalhadores, que rasgou até mesmo a jurisdição da casa e agrediu um direito histórico da categoria”. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não se manifestou sobre a decisão.