A Azul Linhas Aéreas Brasileiras realiza neste domingo (14) os últimos voos entre o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), em Belo Horizonte, e o Aeroporto Presidente Itamar Franco, localizado entre os municípios de Goianá e Rio Novo. Partindo da capital para a Zona da Mata, a viagem acontece às 17h19 e, no caminho inverso, o avião decola às 18h35. A companhia reiterou ontem, por meio de sua assessoria de comunicação, que “deixará de operar a rota em função do baixo movimento de clientes, tornando a sustentação das viagens economicamente inviável”.
A Azul não informou a taxa de ocupação dos voos nos meses em que a rota operou entre os terminais. A viagem para Belo Horizonte deixa de existir perto de completar seis meses de seu retorno ao terminal regional, após ter sido transferida do Serrinha. Procurado pela Tribuna, o diretor da Multiterminais, empresa que administra o Itamar Franco, Denilson Duarte, disse que não comentará sobre o caso, uma vez que a decisão partiu exclusivamente da Azul.
A companhia confirmou que os três voos ofertados para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), de segunda a sexta-feira, estão mantidos. Porém, conforme publicado na última terça-feira pela Tribuna, no período entre 22 de dezembro e 1º de fevereiro de 2015, a companhia fará uma redução para dois voos diários, em função de “ajustes temporários em sua malha aérea, em virtude da variação da demanda durante o verão”.
O comunicado da suspensão dos voos da Azul do regional para Confins, bem como a redução para Campinas a partir de dezembro, vai na contramão do anúncio feito pela companhia em agosto, quando assinou uma carta de intenções para comprar da Embraer até 50 jatos, modelo E195-E2. A transação pode chegar a US$ 3,1 bilhões. À Agencia Brasil, o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, disse que o investimento em novas aeronaves demonstrava o otimismo da empresa perante o potencial existente na aviação regional brasileira. Para 2019, quando as aeronaves devem entrar em operação, a Azul pretende expandir o número de voos. Atualmente, a empresa atende a 104 cidades, e poderá voar para 140 destinos.
Pingue-pongue
A atuação da Azul nos aeroportos Presidente Itamar Franco e Francisco Álvares de Assis (Serrinha) é marcada pela instabilidade. A interrupção da rota para Belo Horizonte, amanhã, acontece quase seis meses depois da penúltima mudança anunciada pela Azul. Em 20 de março deste ano, os voos para o Aeroporto Tancredo Neves (Confins), em Belo Horizonte, então feitos a partir do Serrinha, passaram a ser originados do Itamar Franco, e marcaram a retomada das atividades comerciais no terminal, que estavam suspensas desde junho de 2013. Doze dias depois, a companhia realizou também a transferência dos voos com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), que ainda aconteciam no Serrinha. Desde então, o terminal juiz-forano opera sem voos comerciais. Ontem, a companhia disse à Tribuna que não há previsão de retomar as atividades no Serrinha.
Em abril, a Azul disse que os motivos que a levaram a suspender as atividades em Juiz de Fora foram as condições climáticas e o relevo presente na região, que causaram constantes transtornos durante pousos e decolagens das aeronaves. Sobre o Aeroporto Itamar Franco, a Azul avaliou que o mesmo oferece melhor infraestrutura, contribuindo para deixar as operações mais seguras, tanto para clientes como para a tripulação.