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Trabalhadores de mineradora protestam contra fim do adicional de periculosidade

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Trabalhadores da mineradora e metalúrgica Nexa, a antiga Votorantim Metais, realizaram um protesto contra o fim do pagamento do adicional de periculosidade, fixado em 30% sobre o salário-base. A medida foi anunciada pela empresa para valer a partir deste mês para parte dos funcionários. A manifestação aconteceu na porta da Nexa, sediada no km 119 da BR-267, na altura de Igrejinha, Zona Norte, e foi conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos. A entidade não descarta a possibilidade de movimento grevista, caso não haja negociação, mas afirma estar disposta a chegar a um acordo favorável à classe, “que preserve o direito do trabalhador”.

De acordo com o presidente do sindicato, João César da Silva, a mineradora diz se basear em laudo ambiental “para acabar com o direito conquistado pelos trabalhadores”, que, segundo ele, estariam sim, sujeitos a riscos. A entidade ainda afirma que a manobra já foi ensaiada outras vezes pela empresa, sendo revertida na Justiça. Segundo ele, essa conquista data de 1987.

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“A empresa alegou que fez um novo levantamento ambiental e que, dos 461 trabalhadores que recebem a periculosidade, somente 195 têm direito. Portanto, 266 funcionários deixariam de ter o adicional, para receber um valor que estão chamando de ‘vantagem pessoal’.” Para João César, “a suposta ideia de que os trabalhadores não estão perdendo nada”, já que o adicional seria substituído pela “vantagem pessoal”, pode ter custo a longo prazo para a categoria. Ainda conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a situação reflete nos trabalhadores terceirizados que, somados aos 550 contratados diretamente, ultrapassam mil.

Resposta

A Tribuna entrou em contato com a assessoria da Nexa, que informou que a adequação ao e-Social, sistema do Governo federal que digitaliza e unifica o envio das informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas das empresas, não causou nenhum tipo de prejuízo financeiro ou de benefícios aos colaboradores. A empresa afirma ainda que essa adequação é uma obrigação legal. “Prezando sempre pela transparência e qualidade de vida de seus profissionais, após a conclusão do processo, a Nexa reafirma que não houve qualquer prejuízo financeiro ou de benefícios aos colaboradores”, diz o texto enviado à reportagem.

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