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Minas Láctea retoma formato presencial com participação de quase 180 empresas

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Governador visitou os stands do Minas Láctea e degustou os produtos que estavam em exposição (Foto: Otávio Martins)

Teve início, nesta terça-feira (12), o Minas Láctea, evento que deve receber mais de 12 mil visitantes e movimentar cerca de R$ 220 milhões em negócios. A edição de 2022 marca a retomada presencial após dois anos, por conta de medidas de restrição contra a Covid-19. De acordo com a organização, neste ano, estão participando 174 empresas e 16 laticínios.

No primeiro dia, o governador do estado, Romeu Zema (Novo), confirmou presença no Expominas, local onde acontece parte da programação. Entre os destaques da vasta agenda estão a Expomaq, que apresenta novidades nos setores de maquinário, embalagens e insumos para indústria de laticínios, e também a Expolac, mostra de queijos, doces, bebidas lácteas, iogurtes e outros produtos derivados do leite.

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Também marcaram presença no evento representantes de Estados Unidos, Itália, Grécia e Nigéria. Ao todo, a feira recebe expositores das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, com a maior concentração de empresas de São Paulo e Minas Gerais.

Curso superior no Instituto de Laticínios Cândido Tostes

A solenidade de abertura aconteceu por volta das 20h desta terça-feira. Na ocasião, foi comemorada a concretização do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, ofertado por Epamig – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora. O credenciamento para a oferta desse curso é pleiteado desde 2019 e, em julho de 2021, recebeu aprovação pelo Estado.

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O diretor técnico da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Trazilbo de Paula, afirma que, para receber status de curso superior, o currículo oferecido pelo ILCT teve que ser acrescido de 300 horas. “Nosso curso técnico, em nível pós-médio, possui um alto nível de capacitação e empregabilidade, mas não tinha os requisitos para ser considerado um curso superior. Então, mesmo empregados, muitos dos nossos ex-alunos ainda tinham que buscar uma graduação posteriormente.”

A seleção para a primeira turma já foi feita e 40 alunos, selecionados através da nota do ENEM, iniciarão as aulas em agosto. A expectativa é que uma nova turma seja aberta no início de 2023 e outra, em 2024. Quando o curso funcionar de forma plena, terá capacidade para atender 120 alunos. Trazilbo ainda afirma que foram contratados cinco professores para integrar o corpo docente do curso. “Também vamos receber 20 bolsistas, dentre mestrandos e doutorandos, para ajudar na parte de ensino e pesquisa do Instituto.”

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Evento promete superar expectativas

De acordo com o coordenador geral do Minas Láctea, Clenderson Corradi, as expectativas são boas em termos de visitação, principalmente por conta da demanda reprimida dos últimos dois anos. “Temos o objetivo de superar o número de visitantes da última edição, em 2019, que ficou em torno de 12 mil participantes. Tivemos uma boa experiência com a Expocafé deste ano e espero repetir o resultado aqui no Minas Láctea.”

174 empresas e 16 laticínios participam desta edição (Foto: Leonardo Costa)

Foco na experiência do consumidor

Um dos destaques do evento é a experiência do consumidor. Na Expomaq, de acordo com Corradi, esse quesito é perceptível com as inovações trazidas pelo ramo de embalagens e rótulos. Ele afirma que há uma preocupação crescente com a inserção de tecnologias que visam a melhorar a experiência de consumo, tanto para o produtor, quanto para o cliente final. “Nesse ramo, temos a presença mais ativa de pequenos e médios empresários, muitos estão participando pela primeira vez do Minas Láctea. É uma oportunidade para que o produtor rural também possa ser beneficiado com a adoção dessas tecnologias.”

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Na Expolac, a experiência do consumidor também é prezada. Ao todo são 80 produtores e 600 produtos expostos. O coordenador, Nelson Tenchini, afirma que, a cada ano, é observada uma evolução na apresentação do produto. “Nós vemos um cuidado muito grande não apenas com o conteúdo, mas com as embalagens, o design e com a história que aquele produto quer passar.”

A exposição também conta com a degustação de queijos harmonizados com cervejas artesanais e vinhos. Para Tenchini, a degustação tem o objetivo de aproximar o público de produtos que ele ainda não teve a oportunidade de conhecer. “Também estamos com atenção redobrada para o mercado da gastronomia, de pizzarias e restaurantes, entre outros.”

Valorização da cultura local

O produtor Geraldo Maciel Júnior, do município de Presidente Bernardes, já participa da Expolac há cerca de dez anos. Nesta edição, ele conta que a novidade apresentada são os queijos meia cura saborizados, com hortelã, pimenta e cachaça. Cada um deles recebe um nome especial, em homenagem a pequenas cidades mineiras, a córregos e até mesmo a poemas. “Nossos produtos têm o foco na cultura e na história local. A nossa embalagem, este ano, foi feita por um artesão local e nela vem escrita a história de Calambau, o nome antigo de Presidente Bernardes.”

A visitação à Expomac e Expolac é aberta ao público, das 14h às 21h, até quinta-feira, no Expominas.

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