O amor também deixa para a última hora. Assim como em tantas outras datas comemorativas, não foi difícil encontrar na região central de Juiz de Fora quem corresse contra o tempo para comprar os presentes na véspera do Dia dos Namorados, celebrado neste domingo (12).
Considerado pelo comércio como a terceira melhor data do ano, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães, este será o primeiro 12 de junho desde 2019 sem as restrições que os lojistas precisaram enfrentar por causa da pandemia de Covid-19. Neste sábado, o comércio de rua funciona em horário especial, até as 17h.
Um exemplo de quem deixou para a última hora foi o advogado Lucas Evaristo, que buscava os presentes para a noiva Priscila. Ele ressalta, porém, que deixou para a véspera por falta de tempo durante a semana.
“É muita correria, mas tive um tempo agora de manhã para fazer as compras. O movimento ainda está tranquilo, então deu para fazer escolhas boas, tem dado certo até agora”, diz ele, que já foi atrás dos presentes pensando no que poderia comprar, uma vez que teria que ser rápido na missão.
“Já tenho a ideia pelo que sei que ela gostaria e tento surpreender também, pois é uma pessoa que gosta de surpresas. E é sempre mais de um presente, pois temos esse costume. Cada um sabe o que o outro gosta, então fica mais fácil escolher”, destaca Lucas, que está há sete anos com a noiva. Além dos presentes, o casal planeja comemorar o Dia dos Namorados com um programa a dois, seja saindo para almoçar ou jantar.
Quem também estava em busca do presente perfeito era a estudante Vitória Buchara, que namora Leonardo há dois anos. “Deixei para a última hora por causa da correria. Difícil não está, eu que sou meio exigente e queria uma coisa especial que ele gostasse bastante, não sei se vou achar (risos)”, conta, lembrando que, no ano passado, eles também deixaram para comprar os presentes em cima da hora, assim como para comemorar com um jantar fora. “Talvez a gente almoce fora este ano, mas vamos decidir em cima da hora.”
Otimismo dos comerciantes e lojistas
Durante a semana, representantes do setor do comércio disseram à Tribuna que estavam otimistas para o Dia dos Namorados em 2022, com previsão de recuperação em relação aos dois anos anteriores, porém ainda inferior ao observado em 2019. Mesmo que o balanço só possa ser feito após a data festiva, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marcos Casarin, afirma que o otimismo já pode ser aferido pelo movimento dos últimos dias.
“Em relação ao ano passado, nem precisa comparar, pois está bem melhor. Em 2021 estava bem restrito ainda”, diz, acrescentando que a expectativa é de um crescimento de 15% nas vendas em relação ao ano passado. “Estamos super otimistas; as pessoas estão começando a pensar mais pelo lado afetivo, uma vez que a própria situação da pandemia oferece mais segurança e confiança. Ainda não será como em 2019, mas acreditamos que o movimento vá subir gradativamente nas datas comemorativas durante os próximos anos. Em 2022, já observamos isso.”
O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, pontua que os comerciantes trabalham com a meta de recuperar o que perderam nos últimos dois anos. “A retomada já ocorreu para alguns setores, enquanto outros ainda vão demorar um pouco mais”, salienta. “O comércio de vestuário e acessórios foi o que mais sofreu com a pandemia, e percebemos que esse setor tem se beneficiado bastante com a retomada. Como o Dia dos Namorados é a terceira melhor data do ano para o comércio, esperamos que haja um aumento significativo, para que os empresários do setor possam recuperar um pouco das perdas.”
Normalidade
Para quem está diariamente no balcão lidando com os clientes, o otimismo também marca presença. É o caso da vendedora Cristiane de Miranda, da loja de vestuário OffRio. “Durante a semana estava bem devagar, mas ontem (sexta) já começou um movimento melhor, e hoje começou bem movimentado. Os namorados deixaram para a última hora, mesmo”, observa, além de acrescentar que o movimento em 2022 é o melhor desde 2019. “E não só em relação ao Dia dos Namorados (dos dois últimos anos), mas ainda está bem menor (em relação a 2019). Está começando a melhorar, e creio que a cada ano vai se aproximar mais da normalidade.”