Os supermercados da Zona da Mata apresentaram, em maio, crescimento inferior à média mineira na comparação com o mês anterior. Conforme balanço divulgado pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), enquanto os estabelecimentos mineiros cresceram, em média, 2,32%, o setor em Juiz de Fora e região apresentou alta de 1,45% em igual período avaliado. O desempenho só não foi pior do que o verificado no Sul do estado (0,89%).
Os dados do Termômetro de Vendas apontam ainda que, no acumulado do ano até maio, o setor mineiro apresenta crescimento de 2,63% ante igual período de 2017. Na comparação de maio com igual mês do ano anterior, o desempenho é maior: 5,44%. Os resultados estão deflacionados pelo IPCA/IBGE.
Conforme a Amis, para boa parte dos supermercadistas, o resultado pode ser atribuído à corrida do consumidor às lojas no início da greve dos caminhoneiros, temendo o desabastecimento no setor. A avaliação é que a greve dos caminhoneiros, que aconteceu de 21 a 30 de maio, afetou de forma bastante heterogênea as empresas e as regiões do estado. O Sul e a Zona da Mata foram as regiões que apresentaram desempenhos mais fracos, avalia a entidade. “Isso confirma o que a Amis vinha divulgando durante a paralisação, que as regiões cortadas pelas rodovias de maior movimento e, portanto, com mais bloqueios, estavam tendo mais dificuldades de abastecimento.”
Já a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) registrou crescimento real de 3,46% em maio na comparação com abril e alta de 4,71% ante igual mês de 2017, de acordo com o Índice Nacional de Vendas apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional. No acumulado do ano (janeiro a maio), o setor registrou 1,92% de crescimento na comparação com igual período de 2017.
De acordo com o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, o resultado acumulado dos supermercados em maio aponta para uma estabilidade do setor. “Tivemos um ligeiro crescimento de 0,17 ponto percentual em relação ao acumulado até abril, já esperado devido ao cenário econômico do país anterior à paralisação dos caminhoneiros.” Na sua opinião, as vendas de maio não foram impactadas pela paralisação, que se concentrou mais no final do mês. Sanzovo espera impactos maiores nos dados referentes a junho.