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76% dos juiz-foranos irão pagar presentes de Natal à vista

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Juiz-foranos já começam a lotar shoppings e comércio de rua (Foto: Fernando Priamo)

Os juiz-foranos irão pagar à vista pelas compras de Natal, conforme pesquisa do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF) realizada pela Masci Consultoria. O estudo mostrou que 76% dos entrevistados pretendem usar o dinheiro ou o cartão de débito como forma de pagamento, enquanto 24% irão optar pelo parcelamento. O tíquete médio das compras ficou indefinido: 45,5% dos consumidores afirmam que irão gastar até R$ 186, enquanto outros 45,5% pretendem gastar acima deste valor, e 9% ainda não sabem. Otimista com a data, considerada a melhor do calendário para as vendas, o setor inicia neste sábado (9) o esquema de horário especial, com o funcionamento das lojas do comércio de rua até as 16h. A jornada estendida segue até o dia 24, véspera da comemoração (ver quadro).

Na avaliação do presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti, a forma de pagamento escolhida pela maior parte dos entrevistados mostra um comportamento mais consciente na hora da compra. “O consumidor está evitando se endividar, pois sabe que, no mês de janeiro, há muitas despesas extras com o pagamento de impostos. Nós estamos numa crise econômica, mas observamos que o apelo das datas comemorativas ainda existe e no Natal é bem forte.”

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De acordo com a pesquisa, 85% dos juiz-foranos irão presentear familiares, 12% namorado(a) e 3% os amigos. As roupas lideram com vantagem a preferência como presente (54,5%) . Em segundo lugar, aparecem os brinquedos (9,5%). Para 9% dos consumidores, este será um Natal de lembrancinhas, enquanto para 6% será o momento de presentear com eletrônicos. “Há uma variação de acordo com o perfil das famílias, se tem ou não crianças, mas em geral, o Natal é um bom momento para os segmentos de vestuário e brinquedos. É a oportunidade de crescimento das vendas, já que a procura por estes itens tende a reduzir nos meses de janeiro e fevereiro.”

Na hora da compra, o preço será o principal aspecto determinante para a escolha do local de compra, segundo 48% dos entrevistados. O atendimento será a prioridade para 20%, enquanto a variedade dos produtos vendidos será considerada por 9%.

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Horário especial

Para Beloti, os resultados da pesquisa se deram dentro do esperado, e o estudo contribui para o entendimento sobre as preferências do consumidor. “O comércio busca trabalhar conforme o comportamento de quem compra.” Ele explica que foi por conta desta compreensão que os horários especiais sofreram alterações em relação aos anos anteriores. “Observamos que as compras, no sábado, são realizadas até as 16h, e que manter as lojas funcionando após este horário é um desgaste para o lojista e os funcionários.”

Desta forma, nos dia 9 e 16, sábados que antecedem o Natal, o comércio de rua está autorizado a funcionar das 8h às 16h. Apenas no sábado 23, o expediente será maior, das 8h às 19h. Isto, segundo Beloti, porque a maior parte dos consumidores ainda mantém o hábito de deixar as compras para a última hora.

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Otimismo
Sem estimar percentual, Beloti confirma que o comércio está otimista e espera crescimento das vendas em relação a 2016. “Sabemos que, dentre a movimentação da Black Friday, já houve uma antecipação de compras de Natal, mas mesmo assim ainda esperamos resultados melhores em comparação com o ano passado, que foi muito difícil.”

A expectativa da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que a data movimente R$ 34,9 bilhões, o que representa aumento de 5,2% ante a 2016. “Nos baseamos no cenário de inflação baixa, queda de juros e, principalmente, retomada gradual do emprego”, afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes.

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Consumo de forma consciente

A economista e professora da UFJF, Fernanda Finotti Perobelli, alerta aos consumidores sobre a necessidade de realizarem as compras de Natal de forma consciente.” É importante comprar de acordo com as possibilidades de cada um. Se eu posso pagar R$ 30 em um presente e escolho o de R$ 200, eu crio um problema financeiro”, orienta. “O consumo é bom para a economia, mas quando ele ocorre de forma frequente. Se as pessoas compram, pagam uma ou duas prestações e depois ficam inadimplentes sem poder comprar não é bom.”

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