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Turismo é setor que mais se digitalizou entre pequenos negócios, diz pesquisa

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Estudo apontou que 85% das empresas dependem das redes para realizar vendas; metade utiliza o Instagram (Foto: Jéssica Pereira)

O setor de turismo foi um dos que mais sofreram economicamente com a pandemia, com 91% dos pequenos negócios registrando queda de faturamento. Justamente por isso, foi preciso inovar, se reinventar e, principalmente, se digitalizar. De acordo com pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o segmento foi o que mais recorreu aos canais digitais durante a crise: 85% das empresas dependem das redes on-line para realizar vendas, segundo dados de março deste ano.

De acordo com a 11ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, o recorde é superior à média geral (67%) e seis pontos porcentuais acima do segundo colocado, que é o setor de pet shops (79%). Em comparação a maio do ano passado, 73% dos pequenos negócios de turismo apostavam em ferramentas digitais, seja redes sociais ou sites.

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“Com apenas 9% dos estabelecimentos funcionando da mesma forma que na pré-pandemia, a digitalização das micro e pequenas empresas do turismo foi uma das saídas encontradas pelos empreendedores que compõem as atividades do setor”, reforça Carlos Melles, presidente do Sebrae. Ao considerar redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook, o turismo também é o setor que mais utiliza esses meios para faturar.

O forte investimento no digital deu resultado. Para 48% das empresas desse segmento, mais da metade da receita bruta vem do comércio eletrônico. “A pandemia fez com que os pequenos negócios se vissem forçados a comercializar seus produtos pela internet, e os setores mais atingidos absorveram essa necessidade, como o turismo e a economia criativa”, acrescenta Melles. A inovação do setor para sobreviver à crise envolve desde oferecer vouchers com desconto para roteiros futuros até a criação de novos produtos.

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Outros segmentos que se destacam na digitalização são o de beleza e saúde, com 72% das empresas investindo mais nas ferramentas digitais, seguido pelo de energia, com 66%. O setor de construção civil subiu de 42% para 58%, entre maio e março.

Vendas on-line

A pesquisa ainda mostra que 67% das pequenas empresas vendem pela internet, ante 59% em maio de 2020. Os microempreendedores individuais (MEI) são os que mais dependem dessa via para o negócio. Desse universo, 31% tem mais da metade do faturamento vindo dos meios digitais.

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Pelo levantamento realizado em novembro, as plataformas mais utilizadas pelos pequenos negócios são WhatsApp (84%), Instagram (54%), Facebook (51%) e site próprio (23%). O aplicativo de mensagens ganhou mais importância para os pequenos empreendedores com a chegada do WhatsApp Pay, em maio, que permite realizar pagamentos de forma mais fácil.

Já o Instagram, que em 2016 deu o pontapé para se tornar uma plataforma de compras, também se consolidou como um bom canal de vendas para os pequenos negócios. São mais de um bilhão de usuários ativos no mundo e, ao reconhecer esse potencial, os empreendedores têm investido nas ferramentas que a rede oferece para divulgar mais, atrair público e, com isso, aumentar o faturamento.

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