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Funcionários da Imbel aprovam indicativo de greve

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Atualizada às 13h58

Funcionários da unidade de Juiz de Fora da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) rejeitaram a proposta apresentada pela empresa para o acordo de trabalho e aprovaram, por unanimidade, o indicativo de estado de greve. A decisão foi tomada durante reunião do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plástico de Juiz de Fora e Região (Stiquifamp/JF), nesta quarta-feira (6).

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Conforme o presidente do sindicato, Scipião da Rocha, foi oferecida uma proposta de reajuste de 0,5% de aumento salarial e nas cláusulas sociais. Outra opção dada foi o aumento de 4,5% de salário e auxílios, mas com retorno da carga horária para 44 horas semanais. “Nós somos a única empresa de Juiz de Fora e região que conseguiu reduzir a jornada de trabalho para 42 horas, ocorrida há três anos. Fomos pioneiro nisto e não vamos voltar atrás. A categoria está revoltada com esta proposta”, diz.

Ele explica, no entanto, que as negociações terão continuidade e que a decisão será enviada nesta quinta (7) para a empresa. “A negociação está sendo feita de forma conjunta com outras unidades, que também estão aprovando o indicativo de greve. Caso não haja avanço, pretendemos paralisar as atividades na segunda quinzena deste mês”, afirma. Na negociação, a categoria pede reposição inflacionária e 10% de ganho real, sendo os mesmos índices acompanhando as cláusulas sociais. É exigido, ainda, a abertura de um canal de comunicação para discussão de planos de cargos de carreira e salário. A sede de Juiz de Fora possui cerca de 250 trabalhadores. Juntamente com outras unidades, instaladas em cidades de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, somam-se cerca de 2.800 funcionários.

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Por meio de nota, a assessoria de comunicação institucional da Imbel esclareceu que uma empresa pública difere dos demais órgãos e autarquias do Executivo federal, também, pela origem dos seus recursos. “No caso da Imbel, constituem fontes de recursos, além das dotações orçamentárias da União, os valores resultantes da venda de seus produtos. Isso significa dizer que produtividade é um parâmetro fundamental na captação de recursos para custear despesas diversas. Por ser uma empresa pública dependente do orçamento da União, a Imbel sofre duplamente com os efeitos da grave crise econômica que se abateu sobre o país: além dos significativos cortes e contingenciamentos orçamentários promovidos pelo executivo, ela teve substancialmente reduzida sua capacidade de produção – por falta de recursos de investimento, além de experimentar uma drástica redução na comercialização dos seus produtos em decorrência das limitações financeiras de seus tradicionais clientes institucionais.”

A nota também informa que a empresa procedeu um minucioso estudo para planejar o desembolso financeiro deste ano, “incluindo o pagamento do quadro de empregados, contando, para isso, com a dotação orçamentária prevista na LOA e dos poucos recursos provenientes da comercialização de produtos.” Conforme a assessoria, a proposta apresentada pela empresa contemplou o pagamento de seus empregados com a dotação prevista para o ano fiscal, sem transferir o ônus da complementação salarial ao Governo federal, cuja capacidade de pagamento encontra-se comprometida. “Agir de outra maneira configuraria uma atitude hipócrita e populista da Diretoria da empresa, além de violentar, flagrantemente, a Lei de Responsabilidade Fiscal. A fim de ilustrar a coerência da Imbel a respeito de tão importante tema, informamos que a proposta da Diretoria para reajuste dos próprios vencimentos no corrente ano é de 0,0%, enquanto a dos empregados é de, até, 4,5%”, finaliza.

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