Contrários ao reajuste tarifário do transporte coletivo urbano, manifestantes reuniram-se, no fim da tarde desta terça-feira (6), nas escadarias da Câmara Municipal de Juiz de Fora. Mobilizada pelo coletivo Frente Autônoma de Juiz de Fora, a militância, formada por cerca de 20 pessoas, reivindicou o congelamento do valor da passagem, uma vez que “o reajuste não foi transparente”, no entendimento dos manifestantes. Desde segunda, o valor cobrado nas roletas subiu de R$ 3,10 para R$ 3,35.
“Uma coisa salta aos olhos: uma inflação pequena, de aproximadamente 4%, e um reajuste de 8%”, diz o integrante do movimento Paulo Vitor Carrão. “Queríamos que fosse feito um estudo para desmistificar a fórmula mágica do reajuste da passagem. Ninguém entende direito”. Embora a reivindicação emergencial tenha sido o congelamento do valor, uma das faixas exibidas, “Por uma vida sem catracas”, também defendia a tarifa zero, adotada em municípios como Maricá (RJ) e Paulínia (SP). Carrão pediu que “se abram as contas para sabermos o porquê do reajuste e o porquê não seguiram, ao menos, a inflação”.
Conforme matéria publicada nesta terça-feira pela Tribuna, o reajuste está sob investigação preliminar da Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG). Notificados na segunda, a Prefeitura de Juiz de Fora e a Astransp, administradora do Consórcio Manchester, têm dez dias úteis para responder aos questionamentos do promotor Oscar Santos de Abreu acerca dos índices aplicados na fórmula paramétrica para a atualização do preço. Na última quarta-feira, o vereador Adriano Miranda (PHS) também formalizou representação à Promotoria de Defesa do Consumidor solicitando a imediata suspensão do valor.