Após 31 dias de greve, os bancários de Juiz de Fora retomam o atendimento nas agências nesta sexta-feira (dia 7). Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, a categoria decidiu pela aprovação da última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A paralisação deste ano entrou para a história e foi considerada uma das mais longas do setor, superando a de 2004, que chegou a 30 dias.
Nesta quinta-feira, em pleno quinto dia útil, os juiz-foranos tiveram uma trégua e puderam ser atendidos nas agências privadas. O movimento grevista em Juiz de Fora ficou restrito aos bancos públicos, totalizando 21 agências sem atendimento na cidade, incluindo as do Banco do Brasil e da Caixa.
No dia anterior, a Fenaban apresentou às lideranças sindicais proposta global que prevê o pagamento de abono único de R$ 3.500 a ser pago em até dez dias após a assinatura da convenção coletiva de trabalho e reajuste de 8% para salários, pisos salariais, benefícios e valores fixos e tetos expressos em reais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta prevê, também, reajuste diferenciado de 15% para auxílio de cesta alimentação e décima-terceira cesta alimentação, além de 10% sobre os valores do auxílio-refeição e do auxílio-creche/babá.
Os trabalhadores iniciaram o movimento reivindicando reajuste de 14,57%, sendo 5% de aumento real, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90 e piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). A pauta foi apresentada no dia 9 de agosto, e a data-base da categoria venceu no dia 1º de setembro.