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Greve atinge mais de 50% das agências

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Foto: Olavo Prazeres/06-10-15

Atualizada às 20h34

O juiz-forano que precisou ir ao banco nesta terça-feira (6) se deparou com restrição da oferta de serviços. Das 56 agências da cidade, 31 tiveram atividades interrompidas durante o primeiro dia de greve dos bancários. Deste total, 11 eram unidades dos bancos privados Santander, Itaú e Bradesco, e as demais do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica, conforme levantamento do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf-JF). Com o início do movimento coincidindo no quinto dia útil, os consumidores recorreram aos terminais de autoatendimento e casas lotéricas, onde enfrentaram longas filas.

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Entre as pessoas ouvidas pela Tribuna, apenas uma teve problemas e precisou a recorrer a duas agências. A dona de casa Maria José da Silva Mattos, 63 anos, precisava retirar uma quantia maior do que a disponibilizada nos caixas eletrônicos. “Eu e meu esposo estamos, desde cedo, tentando fazer esta retirada em duas contas que temos. Até então, não conseguimos.”

No início da noite, os trabalhadores se reuniram em assembleia para definir novas estratégias do movimento, já que não há previsão para negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na avaliação do presidente do Sintraf-JF, Robson Marques, o balanço do primeiro dia de greve foi positivo. “Conversamos com os bancários das unidades do Centro e tivemos uma boa receptividade. Mais de 50% das agências aderiram ao movimento.”

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O secretário-geral do Sintraf-JF, Carlos Alberto Nunes, informou que, a partir de agora, as ações serão expandidas para além da região central. “Iremos aos bairros para conscientizar o trabalhador.” Ele destaca que serão mantidos os 30% do efetivo para a realização de serviços essenciais, como compensação de títulos e cheques.”Estão suspensos apenas os serviços internos, como assinatura de contratos para empréstimo e financiamento, além de pagamento junto aos guichês.” O atendimento prioritário aos aposentados também continua.

 

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Negociação
A greve foi motivada pela não aceitação da proposta feita pela Fenaban de reajuste de 5,5% e mais R$ 2.500 de abono. O bancários reivindicam 16% de aumento, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 7.246,82 e 14º salário, entre outras cláusulas econômicas e sociais. A Fenaban, por meio de nota, afirmou que “mantém negociação pautada pelo diálogo junto a lideranças sindicais”e que a proposta econômica prevê PLR aplicada ao salário-piso, que poderia garantir ganho equivalente a quatro salários.

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