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Juiz de Fora abre mais de 400 postos de trabalho em abril

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Em abril, foram abertos 418 postos de trabalho formal em Juiz de Fora. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda-feira (6), e apontam cenário positivo para a cidade, que contratou 5.230 pessoas e demitiu 4.812.

O setor que mais contratou em abril foi o de serviços, responsável pela abertura de 241 postos, seguido de comércio, com criação de 156 vagas formais, e indústria, com 85 oportunidades. Já agropecuária e construção ficaram com saldo negativo entre demissões e admissões, com a perda de 4 e 60 postos, respectivamente.

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É o terceiro mês consecutivo que Juiz de Fora apresenta estoque positivo, conforme o Caged. Em comparação ao mesmo período do ano passado, em abril de 2021, a cidade sofria com resultado negativo, com a perda de 94 empregos formais. Olhando para os quatro primeiros meses deste ano, o saldo entre demissões e admissões está positivo, com a criação de 918 postos de trabalho no ano.

Sinais de recuperação econômica

Para o economista e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Lourival Batista, o resultado do Caged sinaliza o cenário de recuperação econômica que a cidade tem vivido nos últimos tempos. “A tendência é que esse saldo positivo continue nos próximos meses, embora sem grandes movimentações. O número de contratações só não é maior devido a disparada dos preços e a inflação que se dá também por fatores externos como a política internacional.”

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De acordo com Lourival, um fator local positivo para a economia da cidade é o retorno dos estudantes da UFJF, que ficaram por mais de dois anos afastados das aulas presenciais e, por consequência, de Juiz de Fora. “Temos muitos alunos que vêm de outras cidades para estudar aqui, e ter a universidade novamente de portas abertas é um incentivador para movimentar a economia local.”

O também professor da UFJF Weslem Faria afirma que, no momento atual, de crise inflacionária, os índices de emprego informal têm aumentado muito, dado não apontado pelo Caged, que calcula apenas postos de trabalho com carteira assinada na cidade. “O desemprego ainda é muito alto, mas, historicamente, vemos os setores de serviço e comércio como os que mais contratam em Juiz de Fora. Durante a pandemia, eles foram os segmentos mais afetados, principalmente o de serviços, e agora estamos no processo de recuperação do setor.”

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Otimismo

Para o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), Ignacio Delgado, ações recentes na atração de investimentos, estímulo a eventos e aceleração da aprovação de novos empreendimentos devem indicar números mais elevados em maio. Na sua opinião, no entanto, é preciso trabalhar para transformar a estrutura produtiva da cidade, com o fortalecimento de atividades intensivas em tecnologia e aproximação da rede de ensino e pesquisa de Juiz de Fora com os empreendimentos econômicos. “Isso é indispensável para mudar a configuração econômica de Juiz de Fora, garantir a elevação de empregos de qualidade e a dinamização de segmentos que podem se beneficiar dessa transformação, como a área de tecnologia da informação e comunicação. Esse é o centro do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo”, destaca.

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MG tem saldo de 20 mil vagas em abril

Assim como Juiz de Fora, Minas Gerais mantém, pelo terceiro mês consecutivo, saldo positivo entre demissões e admissões apontado pelo Caged. Em abril foram criados 20.059 postos de trabalho com carteira assinada, resultado da contratação de 203.232 trabalhadores e do desligamento de outros 183.173 no mês. Serviços liderou a geração de empregos formais, com saldo de 11.446 postos com carteira assinada, seguido por indústria (3.326), agropecuária (2.678), comércio (2.318) e construção civil (291).

Ao todo, este ano, Minas Gerais já registrou a criação de 78.443 empregos com carteira assinada. Tendo por base o mês de abril, o estado ficou em terceiro lugar no ranking nacional, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro, que registraram, respectivamente, a criação de 53.818 e 22.403 vagas formais no mês. O saldo no mês teve também 8.667 vagas a mais que o verificado em igual mês de 2021.

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