O Sindicato dos Metalúrgicos tem acompanhado as contratações e confirma que os trabalhadores ficaram mais aliviados com a abertura das novas vagas. Desde 2014, com a retração vivida pelo mercado automotivo brasileiro, a Mercedes realizou uma série de medidas de contenção da produção, como férias coletivas, redução da jornada de trabalho, lay-off (suspensão temporária de contratos) e demissões. “Depois desses anos de sufoco, agora podemos respirar. O momento econômico é melhor, e a produção aumentou. Antes eram fabricados oito caminhões por dia, agora são 14. A empresa pretende chegar a 20”, afirmou o presidente do sindicato, João César da Silva. A planta juiz-forana é responsável pela fabricação de todas as cabinas de caminhões e pela produção do modelo extrapesado Actros.
Com as contratações, a unidade de Juiz de Fora deve totalizar 900 funcionários. Além das novas vagas para a cidade, a empresa irá contratar 250 trabalhadores para a fábrica localizada em São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde são produzidos caminhões e chassis de ônibus.
Polêmica
Segundo João César, a imposição inicial da idade máxima de 35 anos para a contratação dos profissionais foi motivo de críticas por parte da categoria. “Nós conversamos com a empresa e conseguimos subir para 40 anos. Não é o ideal, pois ainda é muito restritivo. O sindicato está acompanhando de perto todo o processo.” À Tribuna, a assessoria da Mercedes não informou os requisitos para a contratação.