Os juiz-foranos devem redobrar a atenção na hora das compras para a ceia natalina. A diferença de preços praticados entre os estabelecimentos pode pesar ou aliviar o bolso. A segunda edição da pesquisa Guia do Consumidor Especial de Natal, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta) e divulgada na quarta-feira (2), mostrou que um mesmo produto sazonal pode dobrar de valor de um supermercado para o outro.
Este é o caso do quilo do melão, que pode ser encontrado por R$ 3,49 até R$ 6,99, uma variação de 100,3%. Em seguida, está o vinho tinto nacional da marca mais barata, vendido entre R$ 7,99 e R$ 14,90, uma diferença de 86,5%. Já o quilo do tender sem osso, também da marca mais barata, apresenta a terceira maior oscilação (65,5%), indo de R$ 22,90 a R$ 37,90.
Panetone, frango defumado, azeite e algumas bebidas integram a lista dos dez produtos com maior variação de preços (ver arte). A pesquisa listou os valores de 59 itens típicos das festas de fim de ano em oito supermercados da cidade. Os produtos foram divididos nas categorias bebidas, carnes, frutas, enlatados e outros.
Orientações
As despesas com a ceia natalina merecem atenção especial no atual momento de crise econômica. A inflação tem sido responsável pela disparada de preços de vários alimentos. O IPCA acumulado entre outubro de 2019 e outubro de 2020 ficou em 2,22%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas, na prática, há produtos que subiram bem acima do percentual. Além disso, a alta do dólar impacta diretamente nos preços dos importados. Alguns deles, tradicionalmente consumidos nesta época do ano.
Paralelo a isso, muitas famílias convivem com a redução da renda decorrente da pandemia da Covid-19. Este é mais um fator que demonstra a necessidade de cuidados na hora das compras para evitar o endividamento.
O gerente de atendimento da Agência de Defesa e Proteção do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF), Oscar Furtado, alerta para que a ceia de Natal caiba dentro do orçamento. “É importante sair de casa já sabendo o que vai comprar. Outra orientação é pesquisar os preços em mais de um estabelecimento. Hoje os produtos são globais, oferecidos por várias distribuidoras e fornecedores, então há muita variação de preços.”
Ele explica que, com o dólar em alta, a melhor opção é dar preferência aos produtos nacionais. “Os importados podem estar excessivamente caros.” Outra dica para garantir a ceia dentro do orçamento é a substituição de marcas. “No caso das aves, muito consumidas nesta época, há linhas que são mais baratas e muito semelhantes às marcas mais caras.”