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Aeroclube de Juiz de Fora planeja expansão para 2021

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O Aeroclube de Juiz de Fora se prepara para expandir as atividades neste ano. Na agenda estão previstas a abertura de novo curso para pilotos, aquisição de simulador, realização de obras de reforma e ampliação, além do funcionamento pleno da oficina de manutenção de aeronaves, homologada no último mês de novembro pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A expectativa é que a expansão promova reflexos positivos na economia juiz-forana, a partir do fomento da cadeia local de aviação.

O novo curso que será oferecido é o de Recuperação de Atitudes Anormais ou Manobras de Confiança (Upset Recovery), destinado ao ensino de técnicas para que o piloto recupere a aeronave de situações inadvertidas, como voos vertical, de dorso e mergulho, dentre outros. “Existe grande incidência de perda de controle por causa de desconhecimento de atitudes que a aeronave pode tomar”, explica o responsável pelo curso, coronel Ricardo Beltran Crespo, ressaltando que a proposta é assegurar, por meio de aulas teóricas e práticas, que o aviador tenha confiança para lidar com estas circunstâncias.

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obras de reforma e ampliação da sede, iniciadas este ano, terão continuidade (Foto: Fernando Praimo)
Oficina de manutenção de aeronaves foi homologada pela Anac em novembro (Foto: Fernando Praimo)

Também estão previstos investimentos para o aperfeiçoamento dos cursos já realizados pelo aeroclube, como a criação de estúdio para a gravação de aulas e a compra do Jet Training Full Motion, cabine que simula movimentos da aeronave 737NG. “Atualmente, oferecemos 13 cursos e habilitações entre ensinos práticos, teóricos e semipresenciais”, informa o presidente Leandro Lopardi.

As obras de reforma e ampliação da sede, que foram iniciadas em 2020, terão continuidade neste ano com a construção de uma área de lazer.

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Reformulação
A expansão das atividades já era prevista em 2019, quando foi estimada a realização de investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão até 2021. No entanto, houve mudanças no planejamento. A criação do curso superior de Ciências da Aeronáutica, o primeiro do país que ofereceria ensino prático e teórico na mesma instituição, era aguardada para 2020, mas não ocorreu. A direção do Aeroclube não informou se a paralisação do projeto esteve atrelada à pandemia da Covid-19 e nem se há pretensão de retomada do mesmo.

Oficina é importante conquista de 2020

Em um ano difícil para todo o setor da aviação, a homologação da oficina de manutenção de aeronaves do Aeroclube de Juiz de Fora é apontada como uma importante conquista. O espaço recebeu autorização de funcionamento da Anac após auditoria realizada no último dia 9 de novembro e conta com sete funcionários.

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Oficina de manutenção de aeronaves foi homologada pela Anac em novembro (Foto: Fernando Praimo)

Para o gestor Marcos Henrique Miranda, a oficina fortalece a cadeia local de aviação. “A cidade passa a ser não só um centro de formação de mão de obra de pilotos, como também de manutenção de aeronaves.”

Ele avalia, ainda, os possíveis reflexos positivos para o Aeroporto Francisco Álvares de Assis (Serrinha). “As aeronaves voltam a frequentar Juiz de Fora, fomentando a cadeia econômica relacionada à manutenção, propiciando a criação de novos postos de trabalho, a formação de mão de obra de mecânicos para aeronaves de pequeno porte e a atração de aeronaves dos aeródromos do entorno.”

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Adaptação
O ano de 2020 também revelou a necessidade de adaptação do Aeroclube de Juiz de Fora em meio ao cenário da Covid-19. Entre março e maio do último ano, o local permaneceu fechado por conta da adesão do Município ao Programa Minas Consciente e a concomitante inclusão em sua faixa mais restritiva, na qual apenas serviços essenciais poderiam funcionar. A reabertura aconteceu em junho, mediante reestruturações da sede e a reorganização da rotina de funcionários e estudantes, conforme as diretrizes sanitárias.

Ao longo do ano passado, foram realizadas reformas e ampliação dos espaços, além da instalação do sistema de energia fotovoltaica. A frota também foi ampliada com a aquisição de quatro novas aeronaves, totalizando 22 equipamentos. “Foi um ano atípico, pois trouxe muitos desafios, mas também mudanças voltadas para a melhoria da instituição”, define o presidente Leandro Lopardi.

 

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