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Mulheres comandam o palco com música regional

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Silvia Duffrayer vem a Juiz de Fora e se apresenta ao lado de Beatriz Nascimento e Nina Oliveira (Foto: Divulgação)

Todo mundo que gosta de música é bem-vindo, mas desta vez o palco é somente das moças. O misto de espaço cultural e coletivo Bananal recebe, neste domingo (3), às 15h, a primeira edição do Arraiá Delas, evento que tem entre seus objetivos colocar a mulher como protagonista na arte, na produção e na música.
Serão dois shows neste domingo. O primeiro deles reúne o encontro inédito de Beatriz Nascimento (violão) e Nina Oliveira (flauta) com a cantora e compositora Silvia Duffrayer, do Rio de Janeiro, num repertório de música regional e forró (Hermeto Pascoal, Sivuca, Dominguinhos) e músicas instrumentais e as autorais de Silvia. Já o grupo Tatá Chama & as Inflamáveis, um dos mais novos destaques da música local, apresentará as canções de seu futuro álbum de estreia, “Despertar”, e versões de músicas de Luiz Gonzaga e Caetano Veloso.

Beatriz Nascimento conta que conheceu o trabalho de Silvia Duffrayer cantando e tocando percussão no metrô carioca com outro músico. “O trabalho dela é muito bonito, envolvente, é ótima cantora e tem composições incríveis, ligadas ao movimento feminista”, elogia. “Ela tem atuado bastante na cena musical carioca e está com um projeto, o Samba Que Elas Querem, que reúne oito mulheres.”

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Tatá Chama & as Inflamáveis completa a programação do Arraiá Delas (Foto: Patrícia Oliveira)

Foi a partir dessa série de encontros que Silvia demonstrou interesse em conhecer Juiz de Fora e a música que rola na cidade, o que gera a expectativa por parte de Beatriz que isso crie a possibilidade de futuros trabalhos em conjunto. “Conversei com as meninas do Tatá Chama & as Inflamáveis para ver o que poderíamos fazer, pois acho que a música dela dialoga bastante com a gente, tanto que pretendemos trazer futuramente o projeto de samba da Silvia”, adianta.

A questão do protagonismo e empoderamento feminino em diversos setores, inclusive a arte em geral, tem ganhado destaque e força recentemente. Para Beatriz, o Arraiá Delas é mais uma oportunidade num longo percurso que foi e ainda precisa ser percorrido. “Não parece, mas a presença da mulher na cena musical é recente, só passamos a ter mulheres compositoras, instrumentistas, por volta de 1800. Essa luta é muito válida e de muito custo também, porque precisamos enfrentar muito machismo, assim como em outras áreas. É muito legal fazer parte de evento em que a mulher é protagonista não por cotas, mas por eficiência e competência.”

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Arraiá Delas
Neste domingo (3), às 15h (abertura da casa), no Bananal (Rua Marechal Setembrino de Carvalho 286 – Ladeira)

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