Dois monstros sagrados – um da cultura pop e outro da música – vão medir forças nos cinemas a partir desta quinta-feira (30). De um lado do ringue, temos “Godzilla II: Rei dos Monstros”, em que o maior dos kaijus vai enfrentar seus maiores inimigos numa batalha que definirá o destino da humanidade; no outro canto, Taron Egerton interpreta o cantor e compositor Elton John em “Rocketman”, cinebiografia que vai contar parte da trajetória do artista inglês e tenta repetir o sucesso de “Bohemian Rapsody”, sucesso de 2018 com a história do Queen e seu vocalista, Freddie Mercury. Mesmo de gêneros diferentes, é um confronto com dois titãs de suas respectivas áreas – e sorte de quem gostar dos dois, que terá muito o que assistir no cinema neste final de semana.
Quando monstros colidem – e reduzem cidades a pó
“Godzilla II: Rei dos Monstros” estreia como continuação direta do filme de 2014 e terceiro longa do “MCU de monstros” criado pela Legendary/Warner Bros. e que inclui ainda King Kong, cujo filme de 2017 é inserido no mesmo universo do lagartão japonês nas cenas pós-créditos. Os dois já têm encontro confirmado numa produção que será lançada em 2020 (“Godzilla vs. Kong”, com direção de Adam Wyngard).
A história se passa cinco anos depois de Godzilla derrotar os monstros M.U.T.O. e sumir no fundo do Oceano Pacífico. Sem que a população saiba, porém, existem outros titãs adormecidos ao redor do globo, e a Monarch, uma organização secreta criada para monitorar essas gigantescas criaturas, tem entre suas missões tentar descobrir o paradeiro do monstro.
É aí que entra a falta de noção do ser humano, que piora ainda mais quando eles resolver formar uma organização ecoterrorista (?) que sabe da existência dos monstros, e quer despertá-los a fim de trazer de volta o equilíbrio de forças da natureza, com os Titãs sendo vistos quase como criaturas divinas.
Além de outras criaturas que devem servir mais de preparação para o prato principal, “Godzilla II: Rei dos Monstros” leva para Hollywood três dos grandes antagonistas do lagartão radioativo criado em 1954: a mariposa Mothra, o pterodonte Rodan e o maior dele, Rei Ghidorah, um dragão de três cabeças e mais de 100 metros de altura (ou seria comprimento) e principal rival de Godzilla na luta para ser o comandante das grandes bestas adormecidas.
Com toda essa turma em campo, o longa promete ser um festival de batalhas em escalas raramente vistas na história do cinema, cortesia dos atuais efeitos especiais, com os monstros se batendo e destruindo tudo o que veem pelo caminho. Vai caber a Godzilla impedir que a humanidade seja dizimada pelos monstros.
Apesar dos elogios, em sua maioria, aos efeitos especiais e cenas de ação, o novo “Godzilla” tem apanhado feio da crítica quando o assunto é a forma que a trama é desenvolvida, principalmente nos dramas humanos. Mesmo com um elenco vitaminado (Vera Farmiga, Ken Watanabe, Sally Hawkins, Charles Dance, Millie Bobby Brown, Kyle Chandler, David Straithairn, entre outros), os conflitos entre os mamíferos bípedes são marcados, de acordo com a crítica, por momentos no mínimo constrangedores – um defeito recorrente em blockbusters que tratam de eventos catastróficos, infelizmente.
Godzilla II: Rei dos Monstros
UCI 3 (3D/leg): 13h10, 18h50, 21h50. UCI 3 (3D/dub): 16h. UCI 5 (leg): 16h40 (exceto dom), 16h50 (dom). UCI 5 (dub): 22h30. Cinemais Alameda 5 (3D/dub): 15h30, 18h15. Cinemais Alameda 5 (3D/leg): 21h10. Cinemais Jardim Norte 4 (3D/dub): 13h30 (sab, dom), 16h10, 18h50, 21h30 (todos os dias). Classificação: 12 anos
Sem aliviar na história
“Rocketman”, por sua vez, é mais uma cinebiografia a lidar com a trajetória de um grande astro da música pop – no caso, Elton John – e chega na esteira do grande sucesso de “Bohemian Rhapsody”, que levou para a tela grande a vida de Freddie Mercury e do Queen. A expectativa é ainda maior por conta dos quatro Oscars que a produção arrebatou, incluindo o de melhor ator para Rami Malek.
Dirigido por Dexter Fletcher, o filme tem Taron Egerton (“Kingsman”) no papel do inglês Reginald Kenneth Dwight, que assumiu na vida artística o nome de Elton John. A produção mostra desde os primeiros anos do futuro artista, que precisava lidar com um pai ausente antes de ganhar uma bolsa de estudos na Royal Academy of Music, e daí enveredar pela seara da música pop com o nome que o tornou conhecido em todo o mundo.
Ao contrário de “Bohemian Rhapsody”, “Rocketman” tem sido visto como um filme que passa longe da famigerada versão “chapa-branca”, praticamente uma versão para família, do longa dedicado a Freddie Mercury, que mal tocou em assuntos delicados e marcantes da vida do artista, como seus relacionamentos com outros homens e o uso de drogas. O próprio Elton John declarou em entrevista que não queria uma versão “para menores de 12 anos” de sua história; então, o longa não esconde os problemas com as drogas, em assumir a homossexualidade, as raivas, frustrações e dificuldades em amar e deixar ser amado.
Para isso, são essenciais as presenças de Bernie Taupin (Jamie Bell), principal parceiro na criação de alguns de seus hits, e do ex-empresário John Reid (Richard Madden). Ah, e o visual extravagante usado pelo cantor em seus shows, principalmente nos anos 70 e 80, marcam presença na história.
Rocketman
UCI 2 (leg): 14h15, 16h50, 19h25, 22h. Cinemais Jardim Norte 2 (dub): 15h30, 18h15, 20h50.
Classificação: 16 anos
Rocketman
UCI 2 (leg): 14h15, 16h50, 19h25, 22h. Cinemais Jardim Norte 2 (dub): 15h30, 18h15, 20h50.
Classificação: 16 anos