A banda juiz-forana ETC foi a grande vencedora da quarta edição do concurso EDP Live Bands Brasil, que teve sua final no último sábado (27). Uma das três escolhidas pela votação do público em etapas anteriores – que teve um total superior a 1.700 nomes inscritos -, o trio formado por Dudu (voz e violão), Balut (bateria) e Vinícius (baixo) era uma das oito finalistas avaliadas pelo júri do evento, tendo apresentado duas músicas ao vivo (“Jogo embolado” e “Molhada de mar”) no Bourbon Street, na capital paulista, onde aconteceu a final. Os prêmios para a banda vencedora são um contrato para gravação de um CD pela Sony Music e também um show na edição 2019 do NOS Alive’19, festival que acontece entre 11 e 13 de julho em Lisboa, em Portugal, e que tem na sua programação artistas como Smashing Pumpkins, The Cure e Weezer.
Nesta segunda-feira (29), o vocalista Dudu conversou com a Tribuna e disse que “a ficha ainda não caiu”, que o que eles fizeram foi acordar cedo para planejar o futuro. Sobre a participação na final, ele disse que a expectativa era grande, de confiança no que havia sido feito até então, mas que havia outros sete artistas que ele considera excelentes e que, assim como a ETC, trabalham duro. “Quando você está numa situação dessas, tudo pode acontecer. A sensação que tudo daria certo ia e voltava à medida que o anúncio não chegava, e foi uma explosão de alegria quando o resultado saiu. É um momento especial, e tudo indica que teremos que mudar nossos planos com a possibilidade de gravar um CD pela Sony. Já estamos imaginando um milhão de possibilidades.”
Sobre a apresentação, Dudu afirma que esta foi a pior parte. “Pois você quer fazer uma apresentação boa, coerente com o que realiza no dia a dia, mas tem o medo de cometer um erro, um deslize. Você fica concentrado para que isso não aconteça, ao mesmo tempo em que busca relaxar. Mas só dá para baixar a adrenalina depois da apresentação. Mas aí vem o anúncio, e não tem jeito: sua cabeça fica a milhão.”
Um ponto importante para os rapazes do ETC é o duplo reconhecimento dentro do festival; afinal, dos oito classificados para a final, a banda foi um dos três nomes escolhidos em votação popular, on-line, com as demais por conta de um júri especializado. E foi esse júri que, ao conferir as bandas ao vivo, viu na ETC aquela que melhor atendia aos critérios para a votação, como técnica, execução e interpretação musical, originalidade, presença de palco e interação com a plateia. “É muito gratificante saber que conseguimos reconhecimento popular e da parte técnica. O júri, inclusive, comentou isso, que a questão técnica foi muito a nosso favor”, comemora. “Mas eu acredito que uma coisa influenciou a outra, porque a banda vai além de nós três; são as pessoas em torno dela, os fãs, as bandeiras que levantamos. Se não fossem as pessoas que estavam conosco nessa caminhada até a final, não teríamos chegado com tanta confiança e credibilidade.
Planos para o futuro
Com a vitória sacramentada no EDP Live Bands Brasil, agora é hora de olhar para o futuro. A curto prazo, daqui a pouco mais de dois meses, acontece o NOS Alive’19, e a participação no festival português será a primeira vez que o trio juiz-forano vai se apresentar fora do Brasil, tendo como companhia headliners de peso do rock e da música eletrônica, como os já citados Weezer, The Cure, Smashing Pumpkins, e também Chemical Brothers, Thom Yorke (vocalista do Radiohead), Hot Chip e Bon Iver, entre outros.
“Planejamos tirar o melhor da experiência para que seja um marco na nossa carreira. Aumentar a atividade nas redes sociais nesse período, aproveitar para incrementar os contatos. Quanto ao lado pessoal, acredito que teremos que controlar a ansiedade; mas vai ser uma ansiedade maravilhosa, como se quiséssemos que isso nunca acabasse. Será nossa primeira apresentação no exterior, a primeira vez que viajaremos até Portugal, e também a oportunidade inédita de tocar num festival desse porte. Já fizemos shows com grandes bandas do Brasil, em festivais, mas nada desse nível. Vamos fazer de tudo para que o show seja maravilhoso para nós e para o público. E vamos querer voltar no futuro.”