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One Inch Galaxy mostra a que veio com ‘Eleutheromania’

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Formada durante a pandemia, banda One Inch Galaxy faz sua estreia com “Eleutheromania” (Foto: Nanda Porto Rocha/Divulgação)

Juiz de Fora passa a ter mais um corpo celeste na infinita carta estelar do universo musical com “Eleutheromania”, EP de estreia da banda One Inch Galaxy, que chegou aos serviços de streaming musical no último sábado. Antes, o quarteto formado por Giulia Uebe (vocais), Philipe Moreira (baixo), Túlio Sarruff (guitarra) e Adam Rocha (bateria) já havia lançado os singles “The dream” e “ Where the wild things grow”, que estão entre as setes canções que compõem o EP, gravado entre 2021 e 2022 no estúdio Sonidus com produção de Maurício Ávila e Caio Castro; já o onipresente Nando Costa masterizou algumas das músicas diretamente da Califórnia. Quem quiser conferir o som da banda ao vivo pode anotar o dia 11 de outubro na agenda, quando o grupo se apresenta no Bar da Fábrica abrindo para a Sabbac.
Em tempos em que o supertelescópio James Webb vem revolucionando o mundo da astronomia, aqui perto podemos dizer que os corpos celestes também fazem das suas ao atraírem os respectivos campos gravitacionais. No caso do One Inch Galaxy, o grupo tomou forma em 2020, durante a pandemia, em reuniões por videoconferência. “No segundo ano alguns encontros foram presenciais, de forma controlada, na casa de algum dos integrantes”, conta Philipe. “Até hoje não sei responder a essa pergunta! Mas feliz em fazer parte”, confessa Giulia.
Antes da banda, seus integrantes também andaram por outros sistemas solares musicais. No caso de Philipe Moreira, este é seu segundo projeto, sendo que no primeiro ele havia tocado com Adam Rocha – este já tocou com outros cinco grupos. Túlio Sarruff diz que sempre tocou sozinho (um cometa errante?) ou em dupla, e só agora faz parte de uma banda. Quanto a Giulia Uebe, ela relata que teve uma banda na adolescência, por volta dos 15, 16 anos, com a qual chegou a gravar algumas músicas, mas estava parada desde então.

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One Inch em inglês, One Inch em português

É a vocalista, aliás, quem mais compõe no One Inch Galaxy, porém sem ser a única estrela do aglomerado. “(Componho) sempre com a ajuda das histórias que os meninos me contam, então acaba sendo bem colaborativo. Nesse EP em especial acabou tendo muito mais composições minhas, mas temos participação do Phil e do Túlio também. Já para os próximos (lançamentos) temos mais composições em português por parte do Phil.”
Normalmente, um artista norteia seu trabalho cantando em apenas uma língua, no caso do quarteto de Jufas, “Eleutheromania” tem seis canções cantadas em inglês, mas há espaço para o português com “Ser assim” – e, pelo jeito, não deve ser a única exceção. “Ter letras em português e em inglês nos possibilita atingir um maior número de pessoas. Além da facilidade de composição em inglês da Giulia, as letras em português também nos facilitam a comunicação com o público do nosso país, o Brasil. Com os dois idiomas, conseguimos alcançar tanto os brasileiros quanto os ouvintes de outros países”, argumenta Philipe.
De acordo com os integrantes da banda, as influências musicais são diversas, indo de Led Zeppelin a Miley Cyrus, passando por Cranberries, Muse, Police, Paramore, Aerosmith e Elvis Presley. Mas a pandemia, esse flagelo que vai marcar gerações, também teve seu quinhão na hora de elaborarem o EP. “(A pandemia) influenciou bastante! O enclausuramento, as novas rotinas, a convivência constante com quem antes passávamos poucas horas juntos, o medo, a incerteza, o luto… Quase todo mundo, se não todo mundo, passou por essas questões”, diz Giulia. “E, no meu caso, a necessidade de colocar essas angústias para fora e em fases foi o que impulsionou as composições de modo geral. O nome do EP, que significa ‘intenso e irresistível desejo por liberdade’ veio como consequência depois de analisar todas a composições em ordem, junto com a ideia da capa que já estava em execução.”

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