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Kristen Stewart interpreta a Princesa Diana em ‘Spencer’

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Cotada para o Oscar, Kristen Stewart é o grande trunfo de “Spencer”, que chegou aos cinemas brasileiros (Foto: Reprodução)

Desde que os meios de comunicação ajudaram a aproximar a Família Real britânica não apenas de seus súditos, mas da população mundial em geral, o fascínio pela nobreza sediada em Londres aumentou, com todo um imaginário de luxo, glamour, os detalhes do cotidiano do Palácio de Buckingham e, principalmente, os casamentos. E nenhum casamento no século passado foi tão comparado com um conto de fadas como aquele celebrado entre Diana Spencer e o Príncipe Charles, ocorrido em 1981. Com sua simplicidade e simpatia, a jovem ex-professora logo se tornou conhecida como a “Princesa do Povo” e passou a ser o nome mais popular entre a realeza do Reino Unido.

O conto de fadas, porém, se tornou um pesadelo, e o mundo pôde conhecer, graças ao drama da então Princesa Diana, como a Família Real pode ser um moedor de pessoas, sentimentos e afetos, como já visto em produções como a série “The Crown” e “A rainha” (2006), que mostra a repercussão da trágica morte de Lady Di na Família Real. Com tantos momentos da vida de Diana já mostrados em filmes, séries e documentários, o diretor chileno Pablo Larraín se concentra em um momento específico da vida da ex-princesa inglesa – morta em um acidente de carro em Paris, em 1997, aos 36 anos, quando era perseguida por paparazzi – no drama biográfico “Spencer”, que estreou quinta-feira no Brasil.

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O longa é o segundo da planejada trilogia baseada em personalidades femininas marcantes do século passado, sendo que o primeiro foi “Jackie” (2016), em que Natalie Portman interpreta Jacqueline Kennedy nos primeiros dias após a morte do marido, o então presidente dos Estados Unidos John Kennedy. No caso de Spencer, a atriz escolhida foi Kristen Stewart. O terceiro longa ainda não está definido.

O terror, o terror

Pablo Larraín escolheu um recorte bem período específico da vida de Lady Di. A história se passa durante o Natal de 1991, o último que Diana passou com a Família Real antes de se separar do Príncipe Charles (Jack Farthing). Na ocasião, o casamento entre os dois já era o que podemos chamar de um cadáver insepulto, e os motivos eram muitos. Já estava mais do que claro para a princesa que Charles não a amava, e o caso dele com seu verdadeiro amor, Camilla Parker-Bowles (Emma Darwall-Smith), já era conhecido, o que aumentava o sentimento de humilhação.

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Além disso, Diana nunca chegou a ser aceita pela família do marido, que a considerava uma estranha em seu universo alienado da realidade do mundo e a trava com frieza, indiferença e crueldade, inúmeras vezes criticando sua informalidade, desconforto e desrespeito com os protocolos, os atrasos às cerimônias – nesse ponto, a postura da Rainha Elizabeth II (Stella Gonet), provavelmente foi a mais dolorosa. O assédio da imprensa, principalmente dos paparazzi, era outro motivo para provocar as crises de ansiedade de Diana, que também sofria de bulimia.

Assim como aconteceu em “Uma noite em Miami” – que imagina o que teria acontecido na noite em que o boxeador Muhammad Ali, o ativista Malcom X, o cantor Sam Cooke e o jogador de futebol americano Jim Brown se reuniram em um quarto de hotel -, “Spencer” não é um registro fiel desse último natal da Princesa Diana com a realiza britânica. Porém, Larraín busca mostrar o quanto a convivência com pessoas que a desprezavam por tudo que ela representava, além da insensibilidade do próprio marido, ajudaram a fazer o conto de fadas que todos imaginavam ter sido a vida da princesa se tornar um verdadeiro pesadelo, um tormento que só diminuiu quando pôde se libertar.

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